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Entenda porque uma investidora famosa está otimista com ações da Coinbase e prevê bitcoin em US$1 mi

"Queridinha de Wall Street", investidora famosa por acertar alta da Tesla aumentou suas posições em ações da Coinbase e reiterou que espera que o bitcoin chegue a US$ 1 milhão

Cathie Wood, CEO da ARK Investment Management  (Alex Flynn/Bloomberg/Getty Images)

Cathie Wood, CEO da ARK Investment Management (Alex Flynn/Bloomberg/Getty Images)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 22 de junho de 2023 às 16h07.

Em uma entrevista concedida à Bloomberg, Cathie Wood, CEO e diretora de investimentos da ARK Invest, explicou que seu principal fundo, o Ark Innovation (ARKK), está aumentando suas posições em ações da Coinbase (COIN) depois que a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) processou a Binance, uma das maiores concorrentes da exchange baseada nos EUA.

De acordo com os comunicados de divulgação, a ARKK comprou quase 330.000 ações da Coinbase em 6 de junho de 2023, por cerca de US$ 17 milhões na cotação época. Outros dois fundos de índice negociados em bolsa (ETFs), o Ark Fintech Innovation ETF e o Ark Next Generation Internet ETF, também adicionaram 35.700 ações (no valor de US$ 1,8 milhão) e 53.900 ações (no valor de US$ 2,8 milhões), respectivamente.

Considerando os três fundos, o preço médio de entrada da Ark está entre US$ 272,75 e US$ 282,93, com a posição total da empresa em COIN atualmente avaliada em US$ 1,77 bilhão. No momento em que este artigo está sendo escrito, a COIN está sendo negociada a US$ 53,90. Desnecessário dizer que o fundo está acumulando um grande prejuízo com seus investimentos na Coinbase até agora.

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No que diz respeito à razão pela qual ela ainda está otimista, sua argumentação se resume à afirmação de que a aplicação de ações de execução da SEC contra a Binance fará com que a Coinbase se torne a única opção quando se trata de exchanges de criptomoedas nos Estados Unidos. É claro que isso pressupõe que a Coinbase sairá vitoriosa em suas próprias batalhas legais com a SEC.

Wood explicou que, segundo ela, há diferenças nas acusações feitas contra as duas exchanges. Embora ambas estejam enfrentando processos movidos pela SEC por oferecerem vaores mobiliários não registrados em suas plataformas, a Binance parece estar enfrentando acusações mais graves.

Em março, o CEO da Binance, Changpeng Zhao, ou CZ, foi alvo de uma ação de execução civil movida pelo regulador de deritativos dos Estados Unidos. A ação alega que CZ e três afiliadas da exchange violaram a Lei de Bolsa de Mercadorias e várias regras da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC).

Acusações desta natureza "não têm nada a ver com a Coinbase", segundo Wood. Portanto, ela acredita que a Coinbase sobreviverá à tempestade atual e sairá vitoriosa, enquanto sua maior concorrente será obrigada a sair de cena.

É difícil dizer se a convicção de Wood em relação à COIN pode ser considerada bem fundamentada. Enquanto alguns analistas compartilham sua visão, outros não. O consenso dos analistas em relação às ações indica uma sugestão de mantê-las no portfólio, com uma meta de preço média de US$ 58,49, ou aproximadamente 12% acima dos níveis atuais.

Vários analistas proeminentes apresentaram alvos de preço mais otimistas, que chegam a US$ 70, incluindo John Todaro e a Atlantic Equities.

O índice de força relativa está quase perfeitamente neutro em 49,7, deixando em aberto qualquer direção decisiva para a COIN neste momento.

Pode ser que ao COIN seja a melhor e futura única opção quando se trata de exchanges de criptomoedas baseadas nos EUA. Mas isso por si só pode ou não levar à valorização do preço da ação.

Ao avaliar as perspectivas futuras de uma ação, a maioria dos analistas tende a não olhar para um único fator isolado. Basear uma tese de investimento na premissa única de que os concorrentes de uma empresa podem estar condenados pode levar os analistas a ignorar outros fatores, talvez ainda mais importantes.

Coinbase também pode enfrentar acusações criminais no futuro?

Vale a pena repetir que a Coinbase também está enfrentando um processo movido pela SEC relativo à negociação e serviços de staking de valores mobiliários não registrados. Isso pode eventualmente levar a exchange a ser acusada de ter participado de atividades ilegais.

Mas talvez ainda mais preocupante do que as ações de execução da SEC seja a alegação de que a Coinbase pode ter investido em projetos que planejava listar na exchange antes que eles tivessem se tornado disponíveis aos seus clientes.

Depois que o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, falou com o The Wall Street Journal em 10 de junho, começaram a circular rumores de que a empresa pode ter feito isso. Na entrevista, Armstrong não deu uma resposta clara a uma pergunta que o questionara se a Coinbase investe ou não em tokens listados em sua plataforma.

Não é segredo que quase todas as vezes que um novo token é listado na Coinbase, seu preço cai subsequentemente.

Se isso fosse, de fato, causado por um esquema orquestrado de pump and dump, se constituiria como um crime financeiro de proporções épicas.

A questão é: existe alguma evidência potencial para uma acusação tão séria?

Bem, sim e não.

Vasculhando o portfólio da Coinbase Venture, parece que até 30 projetos que apareceram no portfólio de investimentos da empresa também foram listados na exchange. No entanto, a Coinbase Ventures afirma que não atua em “coordenação com as equipes de revisão e listagem” de tokens e é “administrada e operada separadamente do negócio principal.”

"Verificando os fatos: Brian Armstrong evitou responder a pergunta que o questionou se a Coinbase investe em tokens listados na plataforma. Analisei todo o portfólio da Coinbase Venture e descobri que esses 30 projetos faziam parte de seu portfólio de investimentos e também eram negociados na Coinbase", publicou um usuário do Twitter.

Embora isso não signifique necessariamente que a Coinbase usou a sua plataforma de negociação em um esquema gigante de pump and dump, pode se tornar algo que as autoridades financeiras considerem investigar. Desnecessário dizer que a notícia de tal investigação provavelmente não seria um bom presságio para o preço da COIN.

Bitcoin cotado a US$ 1 milhão?

Em sua entrevista à Bloomberg, Wood reiterou sua visão de que “bitcoin é um ativo de proteção contra a inflação.” No entanto, ela também observou que vê a deflação como um risco substancial para a economia dos EUA daqui para frente. Apesar disso, ela continua otimista em relação ao preço do bitcoin, mantendo-se firme em seu alvo de US$ 1 milhão.

O bitcoin consolidou uma cruz de ouro em fevereiro, com a média móvel exponencial de 50 dias (EMA) movendo-se acima da EMA de 200 dias. Os volumes têm diminuído, juntamente com o fluxo de dinheiro Chaikin, sugerindo um potencial para negociação lateral por enquanto.

Mesmo em um ambiente deflacionário, o bitcoin ainda pode ter um desempenho superior por ser “um antídoto para o risco de contraparte do sistema financeiro tradicional”, de acordo com Wood.

Dado que três das quatro maiores falências de bancos na história dos Estados Unidos ocorreram nos últimos três meses, ela pode ter razão.

Falta menos de um ano para o próximo halving do Bitcoin. Os investidores estão atualmente na fase de “acumulação” do ciclo, conforme gráfico abaixo.

Será que o próximo ciclo verá a previsão de preço de US$ 1 milhão de Wood se concretizar?

Este artigo não contém conselhos ou recomendações de investimento. Todo movimento de investimento e negociação envolve riscos, e os leitores devem conduzir suas próprias pesquisas ao tomar uma decisão.

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