Blockchain: tecnologia tem ganhado espaço entre empresas (Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 4 de setembro de 2024 às 18h19.
Howard Lutnick, CEO da gigante das finanças Cantor Fitzgerald, afirmou em uma publicação no X, antigo Twitter, que as empresas tradicionais do mercado já possuem o desejo de usar bitcoin em suas operações, mas que ações dos reguladores - em especial nos Estados Unidos - estão impedindo o uso da criptomoeda.
Na publicação, ele comentou que inicialmente a criptomoeda era "uma figura externa à comunidade de finanças tradicionais". Mas, agora, ela está "começando a se inserir no setor financeiro global", o que tem aumentado a demanda pelo ativo entre as próprias instituições.
Um dos elementos que ele acredita estar prejudicando a adoção de bitcoin é a obrigatoriedade de que um banco que faça a custódia do ativo tenha uma quantia equivalente em moeda fiduciária, o que acaba desincentivando a obtenção do ativo pelos bancos.
"Mas se o ambiente regulatório for bom, você verá todas as empresas financeiras tradicionais entrarem de cabeça no bitcoin", projetou o executivo. A própria Cantor Fitzgerald anunciou em junho deste ano um projeto específico para uso da criptomoeda no mercado financeiro.
Lutnick disse em outra ocasião que a empresa que comanda possui uma "quantidade imensa" de bitcoin entre seus investimentos. Um dos focos da companhia é lançar um serviço de crédito para donos da criptomoeda interessadas em usar esse ativo como garantia.
A Cantor Fitzgerald também foi a empresa escolhida pela Tether para gerenciar os títulos do Tesouro dos Estados Unidos adquiridos pela empresa como parte da estratégia de garantia de paridade entre a stablecoin USDT - a maior do mercado - e o dólar.
Recentemente, Lutnick foi escolhido pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump para presidir o conselho de transição do candidato caso ele seja vitorioso nas eleições presidenciais deste ano, que ele disputará com a atual vice-presidente Kamala Harris.
O próprio Donald Trump mudou de opinião sobre o bitcoin e outras criptomoedas e passou a elogiar o setor, em um movimento que especialistas acreditam estar ligado a um esforço para atrair mais eleitores e doadores de campanha. Trump já se definiu neste ano como um "criptopresidente".