Repórter do Future of Money
Publicado em 29 de janeiro de 2025 às 14h03.
Última atualização em 29 de janeiro de 2025 às 15h01.
A empresa japonesa Metaplanet anunciou nesta quarta-feira, 29, que pretende comprar mais US$ 740 milhões (R$ 4,3 bilhões, na cotação atual) em unidades de bitcoin ao longo dos próximos dois anos. A companhia começou a adquirir unidades da criptomoeda em 2024 e deve quadruplicar suas reservas com o novo plano.
Ao anunciar o novo plano, a empresa disse que "nós estamos aqui para acumular e liderar, não vender" a criptomoeda. A ideia é adquirir 10 mil unidades do ativo até o final de 2025 e mais 11 mil unidades até o final de 2026, resultando em um total de 21 mil unidades.
No momento, a Metaplanet soma US$ 180 milhões (R$ 1,05 bilhão, na cotação atual) em unidades de bitcoin compradas ao longo de 2024. Com isso, ela se posicionou como uma das principais detentoras corporativas do ativo, junto com mineradoras da criptomoedas e empresas como a Tesla e a MicroStrategy.
Segundo a empresa japonesa, o valor necessário para comprar todas as unidades será obtido a partir da emissão de 21 milhões de ações da companhia que serão oferecidas para investidores. O movimento representa um dos maiores do tipo na Ásia para adquirir a criptomoeda.
O diretor de Estratégia para Bitcoin da Metaplanet disse que os lucros com a criptomoeda "são a fundação da nossa estratégia e a nossa principal métrica de sucesso. Nós não medimos nossa performance em moedas fiduciárias como o iene ou o dólar, o nosso parâmetro é o próprio bitcoin".
"Nossa missão é maximar a proporção de bitcoin por ação para os nossos acionistas. O bitcoin não é apenas um ativo, é uma estratégia de saída", afirmou. Refletindo uma estratégia que tem ganhado espaço no mercado desde que foi adotada pela MicroStrategy em 2020.
A MicroStrategy é, hoje, a principal detentora institucional da criptomoeda. Inicialmente criticada pela estratégia, a companhia tem colhido benefícios, em especial investidores, com suas ações disparando ao longo de 2024 por serem enxergadas como uma forma de exposição indireta ao bitcoin.
Por outro lado, as compras em geral se baseiam na emissão de ações e títulos privados de dívida, o que tem levantado preocupações entre analistas por uma potencial alavancagem excessiva tanto por parte das companhias quanto por investidores.