(Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 29 de setembro de 2024 às 11h00.
O mundo financeiro está passando por uma revolução silenciosa, e o fenômeno que impulsiona essa transformação é o Embedded Finance - ou "Finanças Embutidas", em tradução livre. O Embedded Finance tem sido um dos conceitos mais comentados, principalmente devido ao seu impacto crescente e potencial de inovação.
Embora o conceito já seja familiar para muitos, o que estamos vendo, agora, é a materialização do banco do futuro, com grandes avanços que estão reformulando como as pessoas interagem com serviços financeiros em sua rotina.
A ideia principal por trás das finanças embutidas é a integração fluida de produtos e serviços financeiros em plataformas não bancárias, oferecendo uma jornada financeira completamente integrada às atividades cotidianas dos consumidores.
Esse modelo vem com um foco cada vez maior na experiência do usuário; e é nesse ponto que a inteligência artificial generativa tem desempenhado um papel essencial, aprimorando a experiência e adaptando as soluções financeiras às necessidades dos usuários.
O Embedded Finance já está presente em diversos segmentos, demonstrando seu potencial de crescimento em múltiplas frentes:
Esses exemplos práticos destacam como as finanças embutidas estão transformando setores inteiros, com imenso potencial de crescimento dos negócios. Segundo relatório de 2023 da Future Market Insights, o mercado global de Embedded Finance deve ultrapassar os US$ 290 bilhões até 2033.
Já um relatório de 2024 da McKinsey projeta que esse mercado pode dobrar de tamanho nos próximos três a cinco anos, impulsionado, principalmente, por três fatores: a IA generativa, o Open Finance e a crescente APIficação dos serviços financeiros.
Esses números mostram o potencial e o impacto que a tecnologia tem na expansão das finanças embutidas, com a IA desempenhando um papel central na personalização de ofertas e na melhoria da jornada do usuário.
Um exemplo notável de finanças embutidas é a Starbucks, considerada por muitos como o "banco que vende café". A empresa já é a segunda maior wallet dos Estados Unidos, ficando atrás apenas do Apple Pay. Atualmente, a Starbucks gerencia mais de US$ 1,5 bilhão em saldo de contas de seus clientes, com um fluxo financeiro significativo e eficiente.
A Starbucks ilustra claramente o conceito de Everything Commerce and Banking, no qual as fronteiras entre comércio e serviços financeiros estão se dissolvendo, proporcionando mais conveniência para os clientes, além de criar um novo paradigma para o futuro dos bancos.
A convergência de tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, blockchain, computação quântica, pagamentos biométricos e finanças embutidas, está apenas no começo. Essas inovações são a ponta do iceberg do que ainda está por vir.
À medida que avançamos em direção ao banco do futuro, é essencial continuar investindo em inovação e adaptação às novas demandas e comportamentos da sociedade. As finanças embutidas não são apenas uma tendência, elas estão redefinindo a forma como os consumidores interagem com os serviços financeiros, promovendo experiências mais personalizadas, rápidas e seguras.
O Embedded Finance é mais que uma tendência passageira, representa uma oportunidade única para transformar o setor bancário e criar uma era de conveniência e integração, onde os serviços financeiros estão totalmente incorporados à vida cotidiana. O futuro do banco está sendo moldado agora e, certamente, as organizações que investirem em tecnologias emergentes estarão à frente na construção desse novo cenário.
*Jorge Iglesias é CEO da Topaz, empresa de tecnologia especializada em soluções financeiras digitais na América Latina.
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