(SOPA Images/Getty Images)
O bitcoin atingiu sua máxima histórica semana passada, quando atingiu cerca de US$66.999, fechando o dia 20 de outubro em cima da sua máxima histórica. O mercado segue otimista, após a SEC ter aprovado o primeiro ETF de futuros de bitcoin do mercado norte-americano. Destaca-se que outros ETFs de criptoativos já estão em processo de avaliação pela entidade, trazendo produtos que mesclam as características dos mercados tradicionais e o ecossistema cripto.
A principal criptomoeda começa um processo de correção no gráfico diário, mas é importante lembrar sempre que uma tendência de alta é formada por topos e fundos ascendentes, e algumas quedas pelo caminho são consideradas saudáveis para sustentar o movimento ao longo do tempo. O preço testa nesse momento a média móvel de 21 períodos, que é um importante suporte e já mostra alguma reação compradora nesse nível de preço.
A pernada de alta formada entre 21 de setembro e 20 de outubro pode ser usada como referência para traçarmos as retrações de Fibonacci, que são níveis de preço que atuam como suporte baseado em proporções de Fibonacci.
Dito isso, os principais suportes são as retrações de 38,2% em US$56.532 e 61,8% em US$50.065, em caso de correções mais profundas. O rompimento do topo histórico tem alvos em US$78.345 (141,4% de Fibo) e US$83.930 (161,8% de Fibo).
O gráfico de 4 horas mostra de forma mais detalhada a correção do gráfico diário que comentamos anteriormente. O preço forma um canal de queda, que conecta topos e fundos descendentes, e podemos dizer que a correção continua enquanto o preço não romper a linha superior do canal.
No curto prazo, se o rompimento dos US$62.000 falhar, o teste dos US$56.535 se torna ainda mais provável. Destacamos a média de 200 períodos (rosa) se aproximando, que tende a atuar como suporte. Reversões de movimento no teste da retração de Fibonacci no teste da linha inferior do canal podem ser boas oportunidades de entrada a favor do movimento principal de alta. A conclusão é que não há motivos para pânico, o bitcoin tem uma volatilidade mais alta do que os ativos tradicionais e correções são consideradas saudáveis para o movimento principal, uma vez que demonstra uma valorização sólida e sem grandes ataques especulativos.
Lucas Costa é mestre em administração e economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atuou como pesquisador acadêmico e professor nas temáticas de blockchain, criptomoedas e comportamento de consumo, sendo um dos fundadores do grupo de pesquisa Blockchain UFJF. Foi operador de câmbio em mesa proprietária com foco em análise técnica, e trader pessoa física em mercado futuro. Atualmente, é analista técnico CNPI do BTG Pactual digital, e apresenta a sala ao vivo de análises de maior audiência do Brasil.