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Repórter do Future of Money
Publicado em 10 de março de 2025 às 15h12.
O governo de El Salvador segue comprando e acumulando unidades de bitcoin, mesmo em meio a dúvidas do mercado sobre o futuro desse movimento após o FMI (Fundo Monetário Internacional) sugerir que a nação precisaria criar um "teto" para esse investimento. Recentemente, o país firmou um acordo com o órgão para obter um empréstimo de US$ 1,4 bilhão.
Dados recentes divulgados pelo governo de El Salvador indicam que o país adquiriu mais seis unidades de bitcoin no último domingo, 9. Com isso, a nação expandiu a sua reserva da criptomoeda para 6.111 unidades, que atualmente valem cerca de US$ 504 milhões (R$ 2,9 bilhões, na cotação atual).
As aquisições ocorreram dias depois do FMI divulgar um documento que detalhou as condições necessárias para que El Salvador recebesse um empréstimo do órgão. Segundo a organização, o governo do país teria concordado com as exigências, incluindo as sobre cripto.
Segundo o FMI, "no futuro, os compromissos do programa limitarão o envolvimento do governo em atividades econômicas relacionadas ao bitcoin, bem como transações governamentais e compras de bitcoin". Na prática, portanto, as compras da criptomoeda estariam ameaçadas.
Apesar da afirmação do FMI, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, usou as redes sociais para ressaltar que as compras do ativo "não vão parar". Entretanto, ele não negou a existência do acordo com o órgão e da inclusão das medidas informadas no documento.
Apesar das ações recentes de El Salvador e da promessa de Bukele, ainda não está claro, exatamente, se as compras vão se manter no longo prazo. O relatório do FMI indica que a economia que a economia do país precisa do empréstimo, o que dá poder de barganha para a organização.
Por causa do acordo, o Congresso de El Salvador aprovou em janeiro deste ano alterações na lei que transformou o bitcoin em uma moeda de curso legal em 2021. A principal mudança foi a retirada da obrigação de estabelecimentos comerciais e empresas aceitarem o bitcoin como forma de pagamento.
O Congresso do país também retirou dois trechos da lei. O primeiro permitia que impostos fossem pagos com a criptomoeda, enquanto o segundo obrigava o governo a oferecer para donos da moeda digital formas de conversão do ativo para dólar em caixas eletrônicos.
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