Redação Exame
Publicado em 7 de outubro de 2024 às 12h17.
O blockchain EigenLayer confirmou nesta segunda-feira, 7, que foi alvo de um golpe que resultou na perda de US$ 5,5 milhões (pouco mais de R$ 30 milhões, na cotação atual) em criptomoedas. O projeto afirmou que acabou "transferindo por engano" o valor milionário para os golpistas.
A confirmação pelo projeto ocorreu após a venda, realizada na sexta-feira, 4, intrigar o mercado e gerar especulações sobre violações por parte de funcionários ou investidores do período obrigatório de bloqueio de unidades de EIGEN, a criptomoeda nativa do projeto.
Em um comunicado, a EigenLayer disse que um "ataque malicioso" teve como alvo tokens que eram de um investidor do projeto, resultando na transferência por engano. Os responsáveis pelo ataque já teriam convertidos as unidades do ativo em stablecoins e então transferido os valores para corretoras.
O projeto disse ainda que já conseguiu congelar uma parte do valor perdido e que está em contato com as corretoras de criptomoedas e autoridades. O blockchain informou também que não identificou nenhuma vulnerabilidade específica em sua rede ou nos contratos inteligentes dos seus tokens.
Apesar de não ter dado muitos detalhes sobre o golpe, a ação pode ter envolvido a prática de phishing, em que criminosos conseguem convencer as vítimas a voluntariamente entregar dados sensíveis ou até mesmo os valores roubados por meio de técnicas de engenharia social.
Na semana passada, a EigenLayer concluiu seu airdrop, uma espécie de "distribuição gratuita" de unidades da sua criptomoeda. Com isso, o seu token EIGEN estreou no mercado e agora pode ser negociado por investidores.
Ao todo, 1,67 bilhão de unidades do token foram lançadas no mercado, sendo que 86 milhões foram distribuídas entre usuários do projeto, no chamado airdrop. Para receber o ativo, os usuários precisavam cumprir alguns requisitos, em especial uma atuação na rede desde o início do ano.
A EigenLayer é um blockchain que foi lançado em abril deste ano e está ligado à Ethereum. O projeto trabalha com o chamado restaking, prática em que unidades de criptomoedas que já estão "travadas" em um blockchain - o chamado staking - podem ser usadas para staking em outras redes.