(Priscila Zambotto/Getty Images)
Repórter do Future of Money
Publicado em 9 de novembro de 2023 às 17h00.
Última atualização em 10 de novembro de 2023 às 10h36.
Com lançamento previsto para o final de 2024 e foco no atacado, o Drex é desenvolvido pelo Banco Central para ser a moeda digital brasileira e pode gerar novos modelos de negócio em um cenário de digitalização financeira que já vem se desenhando no país desde o Pix e o Open Finance.
Tatiana Orofino, líder de desenvolvimento de negócios para setor financeiro da AWS afirmou à EXAME que “o objetivo do Banco Central com o Drex é pavimentar a estrada para novos modelos de negócio do futuro, usando uma representação digital para que esse mundo digital tenha conexão com o sistema financeiro nacional”.
A plataforma de computação em nuvem da gigante da tecnologia Amazon foi uma das selecionadas pelo Banco Central para o projeto piloto do Drex. No momento, já são realizados testes com a moeda digital que pode ser lançada no país ainda em 2024.
“A agenda de inovação do Banco Central está totalmente interconectada para promover maior eficiência nas transações e trazer maior competitividade, inclusão e educação financeira. O setor financeiro como um todo tem apostado na inovação a fim de obter maior proximidade com as pessoas, com uma agenda que tem como pilares o Pix, o Open Finance, a internacionalização da moeda, e o Drex vem complementar essa visão”, acrescentou Tatiana em entrevista exclusiva.
Atualmente, diversas instituições financeiras já utilizam plataformas de computação em nuvem como a AWS, Google Cloud, entre outras. Embora ainda não esteja clara a aplicação da tecnologia no Drex, que ainda está em fase de testes do BC com empresas, ela pode ser uma “grande aliada”, segundo Tatiana.
“A computação em nuvem é hoje uma grande aliada das instituições financeiras, pois oferece segurança com conformidade, resiliência, escalabilidade e elasticidade. A infraestrutura central da AWS é construída para satisfazer os requisitos de segurança de organizações de todos os tipos e tamanhos, inclusive militares e instituições financeiras, altamente reguladas e que detêm dados extremamente confidenciais’, disse ela.
Segundo a executiva, após o lançamento do Drex, haverão novos modelos de negócio que poderão surgir, unindo o universo digital com o sistema financeiro tradicional. Na visão de Tatiana, o Banco Central é um dos maiores interessados em fomentar esse desenvolvimento.
“O BC quer fomentar a discussão de novos modelos de negócio e aplicações para o Real Digital. Alguns deles a gente já consegue imaginar, como a interoperabilidade entre carteiras digitais (capacidade de um sistema de se comunicar de forma transparente com outro sistema), trazer o mundo interconectado digital para conseguir fazer transações com menos intermediários, mas de qualquer maneira esse talvez seja o primeiro passo”, explicou ela à EXAME.
“A disponibilidade de serviços na nuvem da AWS apoia a inovação, pois eles podem ser utilizados a um custo acessível por qualquer empresa, independentemente do tamanho. Além da infraestrutura, a AWS dispõe de especialistas em áreas-chave para o desenvolvimento e implementação de uma rede de sistemas responsável por suportar o lançamento do Drex e de produtos relacionados. A computação em nuvem também é uma grande aliada das instituições financeiras e de PME’s nesse processo, pois oferece segurança com conformidade, resiliência, escalabilidade e elasticidade”, concluiu a executiva.
Uma nova era da economia digital está acontecendo bem diante dos seus olhos. Não perca tempo nem fique para trás: abra sua conta na Mynt e invista com o apoio de especialistas e com curadoria dos melhores criptoativos para você investir.
Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok