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Drex tem potencial para gerar avanços na área de crédito, diz Gabriel Galípolo

Diretor do Banco Central destacou que principal caso de uso das criptomoedas no Brasil é para dolarização de patrimônio

Gabriel Galípolo é diretor do Banco Central (Lula Marques/Agência Brasil)

Gabriel Galípolo é diretor do Banco Central (Lula Marques/Agência Brasil)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 14 de agosto de 2024 às 12h12.

Última atualização em 14 de agosto de 2024 às 12h37.

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou na última terça-feira, 13, que o Drex poderá contribuir para a redução da taxa de juro ao criar avanços na área de concessão de crédito com garantias. Galípolo é o nome mais cotado para substituir Roberto Campos Neto na presidência da instituição.

"A estrutura pensada a partir do Drex pode criar avanços no crédito colateralizado, o que pode reduzir os spreads por meio da redução de percepção de risco por parte de quem empresta os recursos", explicou Galípolo durante sua participação no evento Finance of Tomorrow, no Rio de Janeiro.

Ele comentou ainda que as "transformações aceleradas" do ecossistema financeiro devido à digitalização, com a entrada de fintechs e empresas privadas de concessão de crédito para competir com instituições bancárias, a implementação do Pix e agora o Drex fortaleceram a economia brasileira, mas também introduziram novos desafios.

O diretor do Banco Central sugeriu também que tanto as criptomoedas quanto as bets — plataformas de apostas online — podem estar desviando recursos de setores como o varejo, um ponto que merece mais atenção no mercado.

Galípolo afirmou que o principal caso de uso das criptomoedas no Brasil é a dolarização do patrimônio por meio das chamadas stablecoins. Segundo o diretor do BC, 90% da demanda por criptomoedas no Brasil está relacionada a moedas digitais pareadas com o dólar.

Durante o evento, o ex-presidente do BC Gustavo Franco elogiou o Drex por promover um retorno a padrões monetários antigos baseados em moedas lastreadas por ativos fortes: "A regulação aponta que a moeda digital precisa ter lastro na moeda física, como era antes. O passado do dinheiro ensina muito sobre seu futuro".

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Já Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda, ressaltou que os efeitos positivos da implementação do Drex sobre a economia real não serão imediatos.

Recentemente, o coordenador do Drex no Banco Central, Fabio Araujo, disse que o projeto de criação de uma moeda digital brasileira tem potencial para trazer mais eficiência no processo de redução da taxa de juro do Brasil. Atualmente, a iniciativa está em fase de testes com um piloto.

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