BB e Bradesco planejam adeus de Cielo à bolsa (Cielo/Reprodução)
Repórter do Future of Money
Publicado em 9 de novembro de 2023 às 09h40.
Última atualização em 10 de novembro de 2023 às 11h11.
O Banco Central está desenvolvendo o Drex, a moeda digital brasileira. Com previsão de lançamento no final de 2024, o projeto tem foco no atacado e já está em fase de testes em um projeto piloto. Para Estanislau Bassols, presidente da Cielo, o Drex vai possibilitar produtos e serviços “mais eficientes e justos”, além de uma série de outras vantagens.
A empresa que ganhou destaque no Brasil por suas maquininhas de cartão, não pretende ficar de fora da inovação das moedas digitais. Em entrevista exclusiva à EXAME, Bassols contou que a Cielo está acompanhando o desenvolvimento do Drex.
“Estamos acompanhando o projeto do Drex e vimos que já evoluiu na simulação de vários tipos de operações, tanto no atacado quanto no varejo, como criação de carteiras, emissão e eliminação de Drex e transferências simuladas entre instituições e clientes. Por meio dos contratos inteligentes disponíveis, vemos que o piloto está progredindo no grau de maturidade das transações e evoluções relativas às soluções de privacidade”, disse o executivo. A empresa também desenvolveu um estudo sobre o Drex.
“Observamos que o projeto do Drex está estimulando diferentes segmentos do mercado, principalmente financeiro, ao explorar a tecnologia blockchain e sua aplicação. A Cielo acredita que os avanços, compartilhados de forma recorrentes pelo Banco Central, contribuem para que as empresas possam repensar suas estratégias levando em consideração a moeda digital, a tecnologia blockchain e os benefícios que elas podem trazer”, acrescentou.
Muitos executivos de grandes empresas já comentam sobre as possibilidades da tecnologia no mundo das finanças e as formas com que o Drex pode mudar a vida do brasileiro.
Bassols menciona uma possível redução na incidência de delitos como lavagem de dinheiro e fraudes, a criação de novas oportunidades de modelos de negócio, produtos e serviços mais eficientes e justos, além da inclusão financeira.
“O Drex pode, por exemplo, ajudar a reduzir a incidência de delitos de lavagem de dinheiro, combate ao crime e prevenção a fraudes. Percebemos que o Drex visa fomentar a competição e resiliência do mercado a partir de novas oportunidades de modelos de negócio, que permitem que produtos e serviços mais eficientes e com precificações mais justas sejam oferecidos para os usuários. Além disso, a moeda digital contribui para o aumento da inclusão financeira da população, com acesso mais democrático aos benefícios da digitalização da economia a cidadãos e varejistas”, explicou.
“Entendemos que a tecnologia do Drex pode eliminar intermediários e etapas de processos burocráticos, como na compra de imóveis e automóveis, tornando mais simples para o comprador, seja pessoa jurídica ou física. O processo não perde a sua essência em segurança e confiabilidade”, acrescentou o executivo.
Na Cielo, o executivo já pensa em explorar as possibilidades do Drex assim que a moeda digital brasileira for lançada, “de forma experimental com o cliente, afinal são os casos de uso que levam ao sucesso e não a tecnologia em si”.
“A partir do nosso estudo sobre o Drex, entendemos que existem possibilidades de oferecer novos serviços e produtos, e de explorar a melhoria e eficiência de processos em serviços e produtos já existentes. Estas possibilidades serão direcionadas de acordo com o atendimento de necessidades dos nossos clientes”, concluiu Bassols, à EXAME.
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