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Drex: participantes do piloto revelam detalhes sobre casos de uso que poderão ser testados

Criação de versão digital do real entrará em nova etapa de testes, ampliando casos de uso e incorporando novos participantes

Drex pode ser lançado em 2025 (Reprodução/Reprodução)

Drex pode ser lançado em 2025 (Reprodução/Reprodução)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 30 de agosto de 2024 às 11h23.

Às vésperas da divulgação dos casos de uso do Drex aprovados pelo Banco Central para testes na nova etapa do projeto, os consórcios que integram o piloto da versão digital do real compartilham mais detalhes sobre suas propostas de possíveis aplicações para a CBDC (moeda digital de banco central) brasileira.

As instituições financeiras e empresas estão focadas no desenvolvimento de soluções para a digitalização do mercado de capitais, com o objetivo de torná-lo mais eficiente e testar novos produtos. A tendência é que, em um primeiro momento, as inovações introduzidas pelo Drex no sistema financeiro não sejam diretamente sentidas pelo consumidor final e fiquem concentradas nas operações de atacado interbancárias.

Fabio Araujo, coordenador do projeto, disse que o lançamento do Drex pode ocorrer no final de 2025 e afirmou que muitos dos 42 casos de uso apresentados pelos consórcios são semelhantes: "Vamos propor que os consórcios trabalhem conjuntamente para desenvolvê-los".

Participando de consórcios separados, o Banco do Brasil e a Caixa estão trabalhando em sistemas de pagamento off-line. "A solução de pagamentos off-line desenvolvida em parceria com a alemã G+D vai permitir micropagamentos em localidades com dificuldade de conexão à internet", afirmou Rodrigo Mulinari, diretor de tecnologia do Banco do Brasil.

Mulinari também antecipou que a instituição apresentou um projeto para tokenização de ativos do mundo real relacionados ao agronegócio: "A tokenização das Cédulas de Produtor Rural (CPR) vai facilitar a distribuição e o fracionamento desse ativo, bem como a programabilidade dos pagamentos".

Renata Petrovic, chefe de inovação aberta do Bradesco, afirmou que os bancos desempenharão um papel central na implementação da CBDC brasileira. Na visão dela, "como instituições financeiras incumbentes, os bancos vão ter de operar nesse novo sistema. As coisas vão coexistir".

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A escalabilidade é um dos gargalos ainda não solucionados da tecnologia blockchain. Enquanto o Pix é capaz de processar 6 mil transações, a Hyperledger Besu, plataforma sobre a qual o Drex está sendo construído, apresenta limitações de redes compatíveis com a Ethereum Virtual Machine (EVM).

Em junho, o ecossistema da Ethereum, incluindo a rede principal e soluções de segunda camada, atingiu um recorde histórico de 246  transações por segundo, revelando as limitações da tecnologia para uso do varejo.

Petrovic afirmou que, apesar das limitações de escalabilidade do Drex, nada muda para o consumidor final, enquanto o mercado de capitais se torna mais eficiente: "Uma compra na padaria poderá ser feita com o Pix; já uma transação mais complexa poderá usar o Drex. Essa tecnologia vai democratizar o acesso a investimentos, que poderão ser fracionados".

O Bradesco tem testado soluções de custódia e tokenização de ativos, além de estar se preparando para rodar um nó na rede do Drex. Os nós são componentes de redes blockchain que mantêm e atualiza o registro das transações efetuadas.

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