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Drex: 35% das empresas estão se preparando para a chegada do real digital

Pesquisa aponta que mercado ainda não definiu caso de uso específico para o projeto e se preocupa com temas de segurança e privacidade

Drex pode ser lançado em 2025 (Banco Central/Divulgação/Divulgação)

Drex pode ser lançado em 2025 (Banco Central/Divulgação/Divulgação)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 13 de agosto de 2024 às 16h26.

Uma pesquisa realizada pelas empresas Protiviti Brasil e MD8 Consulting compartilhada com exclusividade com a EXAME aponta que 35% das companhias brasileiras estão se preparando para a chegada do Drex, buscando identificar casos de uso e pesquisando adequações que serão necessárias para a adoção da versão digital do real.

Entretanto, as empresas destacam que a cifra de 35% foi menor que o esperado, já que "75% dos respondentes
entenderem que as organizações precisam se preparar para o Drex para não perderem vantagem competitiva e 60% declararam terem empreendido algum esforço em procurar conhecer os impactos que haverá nos seus negócios".

Ao mesmo tempo, 81% das empresas entrevistadas afirmaram que os seus concorrentes não tem conhecimento sobre o projeto e como poderão utilizá-lo, e 63% apontaram que "não há discussão desse assunto por concorrentes" no momento, o que pode estar por trás de um movimento ainda menor de preparação efetiva.

O estudo avalia que "há, ainda, uma busca por casos de uso para a sua indústria em particular e uma demanda por informação, pesquisa e apoio, inclusive para aplicação em relação aos fornecedores e parceiros, registrando respostas acima dos 60%. Isso representa uma lacuna entre a necessidade de se preparar, entendendo a importância, e a efetiva ação nesse sentido".

Apesar dos entrevistados não terem apontado um caso de uso específico para o Drex, as empresas acreditam que a versão digital do real deverá impactar principalmente seis áreas:

  1. Canais de pagamento, criando novas opções para transferências eletrônicas;
  2. Produtos e serviços, possibilitando a criação de novos tipos nas duas categorias/
  3. Mercados e fontes de receita, permitindo a entrada de empresas em áreas até então não exploradas ou a diversificação de receita;
  4. Investimentos, também criando novas opções de ativos/
  5. Processos financeiros, com automação e mais eficiência em tesouraria, banking e contabilidade/
  6. Financiamento, em especial dando acesso a novas fontes de funding para empresas

Já quanto às preocupações em torno do Drex, 65% das empresas citaram a segurança como ponto crítico, em especial a proteção de transações e dados financeiros. A privacidade dos dados foi citada por 40% dos entrevistados, e um número equivalente também citou a importância de ter uma mão de obra qualificada para lidar com o projeto.

Na visão da pesquisa, "embora exista um alto nível de reconhecimento da importância do Drex, a implementação prática ainda está em seus estágios iniciais, aguardando os avanços dos testes no Banco Central e um framework
regulatório. As empresas estão conscientes da necessidade de se preparar e estão começando a explorar os impactos e as oportunidades associadas".

Porém, "a maioria das empresas ainda não iniciaram ações concretas para a adoção" da versão digital do real, o que reforça que "a preparação proativa e a busca por informações e apoio serão cruciais para que as empresas se posicionem favoravelmente no mercado".

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"O mercado acredita que o Drex impulsionará o desenvolvimento de novos produtos e serviços, apresentando avanço positivo em segurança para a intermediação de negócios e a liquidação de operações", destaca ainda o relatório.

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