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Dono do ChatGPT diz que tecnologia vai substituir empregos, mas "criar melhores"

Sam Altman participou de audiência no Congresso dos EUA sobre inteligência artificial e defendeu criação de regulador para a área

Sam Altman é o atual CEO da OpenAI, criadora do ChatGPT (Paul Morris/Getty Images)

Sam Altman é o atual CEO da OpenAI, criadora do ChatGPT (Paul Morris/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 16 de maio de 2023 às 14h04.

Última atualização em 16 de maio de 2023 às 17h26.

Sam Altman, CEO da empresa que criou o ChatGPT, participou nesta terça-feira, 16, de uma audiência no Congresso dos Estados Unidos em que respondeu a perguntas de parlamentares sobre os possíveis impactos da inteligência artificial para a economia e a sociedade. Em sua fala, o executivo destacou que a nova tecnologia vai substituir empregos e defendeu a necessidade de regular o setor.

Durante a sua participação na sessão, Altman comentou que a nova tecnologia vai "automatizar totalmente" alguns trabalhos, eliminando a necessidade da ação de humanas e até da contratação dos mesmos. Ao mesmo tempo, ele acredita que as mudanças também vão gerar novos empregos "muito melhores".

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"É importante entender o GPT-4 como uma ferramenta, não uma criatura, e é uma ferramenta que as pessoas têm muito controle sobre como usam. E o GPT-4 e ferramentas semelhantes são boas em fazer tarefas, não trabalhos, então você já vê pessoas usando-as para fazer tarefas de forma muito mais eficiente", disse Altman sobre o modelo de inteligência artificial criado pela sua empresa, a OpenAI.

O executivo ressaltou a visão de que a inteligência artificial é uma ferramenta que permitirá que as pessoas "vivam melhor as suas vidas", abrindo espaço para que as pessoas possam dedicar tempo e energia em atividades mais "ambiciosas" e "satisfatórias" conforme a tecnologia substitui humanos em atividades do cotidiano.

O CEO da OpenAI disse ainda que os impactos esperados por ele no mundo do trabalho vão demandar uma parceria entre empresas e o governo, mas defendeu que uma atuação de governos para "mitigar" esses efeitos será essencial. Mesmo assim, ele afirmou estar "otimista" com os empregos do futuro.

Regulação da inteligência artificial

"À medida que essa tecnologia avança, entendemos que as pessoas estão ansiosas sobre como isso pode mudar a maneira como vivemos. Nós também estamos", disse o responsável pelo ChatGPT. Apesar de defender a continuidade dos estudos e desenvolvimento da tecnologia, Altman afirmou que é importante que os governos criem entidades para regular o segmento de inteligência artificial.

Para ele, a nova agência deveria ser responsável por bloquear modelos de IA que sejam capazes de "autorreplicação" e sair do controle dos seus desenvolvedores, uma preocupação que cresce à medida que projetos se aproximam cada vez mais do desenvolvimento de inteligências artificiais mais avançadas. Atualmente, o Brasil é um dos países que discute uma regulação para a área.

Anteriormente, Altman discordou de uma série de cientistas e executivos - incluindo o bilionário Elon Musk - que defenderam uma pausa de alguns meses nas pesquisas sobre inteligência artificial para que a indústria pudesse entender melhor os possíveis impactos da tecnologia na sociedade. Atualmente, a OpenAI é uma das principais empresas do setor, com o ChatGPT ajudando a popularizar as chamadas inteligências artificias generativas.

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