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Repórter do Future of Money
Publicado em 19 de março de 2025 às 11h20.
Carl Erik Rinsch, mais conhecido por dirigir o filme 47 Ronins, foi detido na última terça-feira, 18, nos Estados Unidos após ser acusado de crimes envolvendo fraude e lavagem de dinheiro. Ele teria desviado US$ 11 milhões (R$ 62 milhões) da Netflix para investir em criptomoedas.
De acordo com as autoridades que investigam o caso, Rinsch teria enganado a Netflix para convencer o serviço de streaming a investir em um novo projeto de série. O acordo teria ocorrido em 2018, mas o diretor pediu um investimento adicional, de US$ 11 milhões, entre 2019 e 2020 para finalizar a produção.
Entretanto, o valor obtido teria sido usado por Rinsch para investir em diversas ações e criptomoedas por meio de uma conta de investimentos pessoal. Além disso, as investigações apontam que o investidor perdeu mais da metade do valor em menos de dois meses.
O diretor também teria usado o dinheiro para pagar gastos pessoais, custos de abertura de um processo contra a Netflix e na compra de seis carros de luxo. As autoridades afirmam que o projeto de série apresentado à gigante de streaming era uma "ficção", que não foi concretizado.
Após a sequência de perdas, Rinsch também teria obtido lucros expressivos, novamente focando em criptomoedas. Segundo o The New York Times, ele obteve um lucro relevante após investir US$ 4 milhões na memecoin dogecoin, que valorizaram para US$ 27 milhões ainda em 2021.
"Rinsch supostamente usou os fundos para custear despesas pessoais e investimentos, incluindo opções altamente especulativas e a negociação de criptomoedas", afirmam as autoridades responsáveis pela investigação.
A acusação de fraude tem pena máxima potencial de 20 anos de cadeia, assim como a de lavagem de dinehiro. Rinsch também recebeu cinco acusações de transações financeiras ilegais, cada uma com pena máxima potencial de 10 anos de prisão. O julgamento ainda não tem data definida.
Rinsch foi preso no bairro de East Hollywood, na Califórnia, mas o processo foi aberto no estado de Nova York. O diretor foi liberado e poderá aguardar o julgamento em liberdade após pagar uma fiança de US$ 100 mil e se comprometer a comparecer presencialmente em Nova York quando o julgamento começar.
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