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O Banco Central do Brasil está analisando a possível adoção e incentivo a projetos que envolvem tokenização e blockchain dentro de duas iniciativas de inovação promovidas pela instituição: o Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT) e o Sandbox Regulatório.
As propostas foram apresentadas por empresas brasileiras e visam a modernização do sistema financeiro nacional.
No caso do Sandbox caso a proposta seja aceita ele deve ser executado sob a supervisão do Bacen em um ambiente de testes, já no caso do LIFT as propostas ganham incentivo e mentoria do BC e podem, eventualmente, serem adotadas pela instituição.
"Enquanto o Sandbox Regulatório tem como enfoque a validação de projetos inovadores mais maduros, o LIFT Lab tem como propósito a aceleração e a maturação de propostas inovadoras através de um processo de inovação aberto e interativo com profissionais do Banco Central do Brasil (BC)", destacou recentemente o presidente do BC, Roberto Campos Neto.
Enquanto no Sandbox pelo menos um projeto envolve o universo dos criptoativos e foi apresentado pela exchange Mercado Bitcoin, no Lift, há pelo menos 4 projetos envolvendo blockchain e criptoativos.
Ainda segundo Campos Neto, criado para incentivar o desenvolvimento de projetos que propõem inovações tecnológicas no SFN, o LIFT reflete o avanço na transformação digital do setor financeiro nos últimos anos.
"Neste contexto, ao longo das 3 edições ocorridas, o LIFT ajudou a acelerar mais de 50 projetos inovadores, onde muitos já se tornaram produtos no SFN", destacou.
O presidente do BACEN destacou ainda que somente por meio da interação com a sociedade é possível compreender melhor as suas demandas e identificar oportunidades de soluções inovadoras que possam beneficiar o cidadão brasileiro.
"As contribuições tecnológicas apresentadas pelos projetos permitem também que o BC visualize quais as novas tecnologias que estão despontando no mercado e o quanto precisamos alinhar as expectativas e identificar as ações para melhorar o SFN", disse.
Lançado há mais de dois anos, muitos projetos baseados na tecnologia blockchain já foram incentivados pelo BCB, como é o caso do P2P Blockchain Lending, que trabalha com empréstimos usando a tecnologia como gateway de confiança.
Ainda em 2019 o Banco Central também incentivou a criação de uma plataforma, baseada em blockchain, utilizando a rede Corda, do R3, para a construção de um sistema de Identidade Digital Descentralizada.
Quem também contou com o apoio do LIFT, e da Cielo, foi Rodrigo Batista um dos fundadores da maior exchange de Bitcoins do Brasil, a Mercado Bitcoin que desenvolveu uma espécie de 'banco digital' dos bancos digitais, o Saxperto.