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Pesquisa: 70% dos millenials preferem bitcoin ao ouro como 'porto seguro'

Estudo conduzido no mundo todo mostra que 67% dos jovens estão mais propensos a comprar bitcoin do que ouro para proteger seus investimentos

Totalmente digitalizada, “Geração Z” é a que mais investiu e arriscou na pandemia (Thinkstock/Thinkstock)

Totalmente digitalizada, “Geração Z” é a que mais investiu e arriscou na pandemia (Thinkstock/Thinkstock)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 8 de dezembro de 2020 às 12h00.

Última atualização em 11 de dezembro de 2020 às 15h22.

Uma pesquisa conduzida pelo deVere Group divulgada no último fim de semana mostra que quase 70% das pessoas que pertencem à geração "millenial" preferem o bitcoin ao ouro como porto seguro para seus investimentos.

No estudo, foram entrevistadas 700 pessoas nascidas entre 1980 e 1996 em países da América do Norte, Reino Unido, América Latina, Oriente Médio, Ásia, África e Oceania. Exatas 67% delas disseram ser mais propensas a comprar o ativo digital do que o metal precioso com a finalidade de proteger seus investimentos.

"Desde o Egito Antigo, o ouro sempre teve um valor imenso, e há muito tempo é reverenciado como o refúgio definitivo. Sempre foi um ativo indispensável em tempos de incerteza política, social e econômica, pois espera-se que retenha seu valor ou mesmo cresça quando outros ativos caem, permitindo, portanto, que os investidores reduzam sua exposição a perdas", disse Nigel Green, CEO do deVere Group, que depois explicou que o bitcoin pode mudar este panorama.

"Como esta pesquisa revela, o bitcoin pode destroná-lo, à medida que a geração do milênio e os investidores mais jovens, que são os chamados 'nativos digitais', acreditam que ele é melhor do que o ouro como um ativo porto seguro. Os millenials devem se tornar participantes do mercado cada vez mais relevantes nos próximos anos, com a maior transferência de riqueza da história, estimada em mais de 60 trilhões de dólares", afirmou.

"Além disso, o mundo está se tornando cada vez mais voltado para a tecnologia, e as criptomoedas são, obviamente, digitais por natureza", completou o executivo.

Green também citou fatores que acredita serem importantes para o aumento da relevância do bitcoin em relação ao ouro, como os efeitos econômicos da pandemia: "Outro fator importante são os níveis históricos de impressão de dinheiro por bancos centrais tentando sustentar suas economias pós-pandemia. Se você inuda o mercado com dinheiro, está desvalorizando a moeda, e isso, junto com a ameaça da inflação, são preocupações legítimas para um número crescente de investidores em busca de alternativas".

O bitcoin é frequentemente citado como o "ouro digital" porque, assim como o metal precioso, é um meio de troca, uma unidade de conta, não-soberano, descentralizado, escasso e uma reserva de valor. Green conclui: "Em 2020, um ano de turbulência financeira sem precedentes, o valor do bitcoin aumentou cerca de 170%. O bitcoin existe há pouco mais de uma década, mas já responde por mais de 3% do market cap 9 trilhões de dólares do ouro. À medida que o mundo se torna mais tecnológico e os millenials se tornam uma parte mais dominante da economia mundial, devemos esperar que o bitcoin também tenha um papel cada vez mais influente nos mercados financeiros, especialmente no que diz respeito a ser um ativo 'à prova de recessão'".

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