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Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2020 às 01h33.
Última atualização em 20 de outubro de 2020 às 17h34.
Criptomoedas são um tipo específico de criptoativo – uma unidade digital transacionada por meio de um sistema criptografado conhecido como blockchain.
A primeira criptmoeda da história foi o Bitcoin, lançado em 2009 por Satoshi Nakamoto. Criado para descentralizar o sistema monetário, o Bitcoin surgiu como uma maneira segura e à prova de fraudes. Desde então, muitas outras moedas digitais surgiram.
Desenvolvido para permitir transações descentralizadas - isto é, sem a necessidade de intermediários como os bancos, e sem interferência de governos, empresas ou quaisquer instituições -, o blockchain hoje é usado como tecnologia de transferência de valor por diversas criptomoedas e até mesmo para transações do sistema financeiro tradicional.
O blockchain se baseia em um protocolo chamado P2P (do inglês peer-to-peer, ou ponto-a-ponto, em português), um modelo de rede distribuída em que não há um servidor central, por isso as informações não precisam da figura de uma autoridade para serem processadas. É o mesmo princípio dos torrents, onde os usuários baixam arquivos de outros usuários, e não de um site ou servidor específico.
Cada unidade de criptomoeda criada ou transferida é registrada em um ledger (livro-razão) público. Esse processo existe para que não só a verificação das transações já realizadas possa ser feita de forma transparente mas também para que as transações sejam imutáveis, o que gera confiança e garantia para os usuários da moeda.
As transações em um blockchain são assinadas criptograficamente e é o sistema que garante sua legitimidade. É também o próprio blockchain que emite novas moedas, de forma que a quantidade de moedas oferecidas pela rede nunca possa ser alterada por um participante.
Essa mecânica torna praticamente impossível a existência de fraudes dentro do sistema, como por exemplo a criação de criptomoedas falsas.
Do ponto de vista técnico, qualquer um pode criar uma nova criptomoeda a qualquer momento, desde que possua nível de conhecimento considerável em programação e em blockchain.
Para criar o seu próprio ativo digital você tem a opção de criar uma nova blockchain por inteiro, bifurcar uma pré-existente (os chamados forks), ou criar um token.
Existem diversos tutoriais na web sobre o assunto, mas entendê-los pode ser bem mais complexo do que apenas investir ou usar ativos digitais.
O grande segredo não está em como os criptoativos são criados, mas em entender quais deles têm maior poder de adesão.
Isso porque sem a adoção por parte dos usuários, o ativo se torna inútil. Significa que a maior parte deles é construído em torno de uma ideia, de uma solução para um problema do mundo real.
As criptomoedas podem ser criadas para atender diversos objetivos. Há exemplos de moedas digitais criadas para compra e venda de publicidade digital ou para a negociação de poder de computação em nuvem, entre outros propósitos.
Atualmente, o site CoinMarketCap – uma das principais fontes de informação sobre este mercado – já tem em sua lista mais de dois mil criptoativos, com os mais variados protocolos, funções, propósitos e aplicações.
Lá, é possível ver o preço médio atual, volume de negociações, valor de mercado e histórico dos valores ao longo dos anos de existência de cada ativo digital.
Mas o que são esses ativos digitais? Apenas dinheiro virtual? Não. Eles vão muito além do mero conceito de dinheiro virtual. Além do fator de segurança, que possui uma importância enorme para esse universo de transações financeiras, eles também conferem agilidade e eficiência para as transações.
Com menos intermediários nas transações, o sistema consegue remover inúmeras burocracias trazendo grande eficiência em trocas financeiras, o que provoca maior movimentação da economia.