Future of Money

Nvidia triplica estimativa de receita com placas focadas em mineração

Após um aumento exponencial na demanda de mineradores de criptomoedas por sua nova linha de produtos, Nvidia triplica receita estimada para o Q1 de 2022

 (Bloomberg/Getty Images)

(Bloomberg/Getty Images)

Nesta segunda-feira (12), durante seu evento anual de divulgação de resultados, o Investor Day, a Nvidia divulgou a sua nova previsão de receita decorrente de sua nova linha de hardware, que é três vezes maior do que o estimado anteriormente para o primeiro trimestre (Q1) de 2022.

Referência no mercado de placas de vídeo (GPU) para computadores, a Nvidia têm surfado na alta do mercado de criptoativos, que fizeram com que as vendas de seus produtos atingissem um novo patamar. Observando o aumento exponencial do uso de GPUs para mineração de criptomoedas, a empresa decidiu lançar uma nova linha de hardware focada em mineradores profissionais, os processadores de mineração de criptomoedas (CMP).

Inicialmente, a Nvidia tinha estimado uma receita de 50 milhões de dólares para Q1 de 2022, entretanto, um aumento constante na demanda por essa nova categoria tornou a previsão ainda mais otimista, que agora aponta para uma receita de 150 milhões de dólares.

"A demanda geral permanece muito forte e continua superando a oferta, enquanto os nossos estoques permanecem muito baixos. Esperamos que a procura continue sendo maior do que a oferta durante grande parte deste ano. Acreditamos que teremos um suprimento suficiente para suportar todo o crescimento sequencial além do Q1", disse Colette Kress, vice-presidente da Nvidia,  durante o Investor Day.

A nova linha de CMPs têm sido um sucesso desde o seu anúncio. Em março, pouco tempo após a divulgação do novo produto, a Hut 8, mineradora de criptomoedas, sozinha realizou um pedido de CMPs que totalizou 30 milhões de dólares, aproximadamente 60% da receita que a Nvidia estimava para seu primeiro trimestre de 2022.

O lançamento da nova categoria é também uma forma da empresa reduzir os custos para os gamers, que se depararam com um súbito aumento de preços em suas placas de vídeo. Inicialmente, esse hardware era utilizado somente para processar efeitos visuais de jogos, entretanto, no cenário atual, as GPUs se tornam cada dia mais escassas, devido à sua alta demanda para a mineração de criptomoedas.

No curso Decifrando as Criptomoedas" da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, head de criptoativos da EXAME, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o funcionamento. Confira.

 

Acompanhe tudo sobre:BitcoinBlockchainCriptomoedas

Mais de Future of Money

Temporada de altcoins à vista? Entenda se as criptomoedas alternativas ao bitcoin podem subir

Tokenização no setor de energia: a otimização da distribuição por meio de smart contracts

Aave: como o maior banco descentralizado pode transformar o mercado financeiro

Drex: o que muda no dia a dia dos brasileiros com o real digital?