Foxbit (Foxbit/Divulgação)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 12 de março de 2021 às 18h32.
Última atualização em 12 de março de 2021 às 21h58.
As empresas de criptoativos brasileiras têm um alvo claro: os investidores institucionais. Depois do Mercado Bitcoin, a Foxbit, outra das principais exchanges de criptoativos do país, também anunciou a criação de um departamento focado neste setor: o Foxbit Business.
“Com a entrada de grandes players no mercado de criptos, é natural que empresas comecem a se interessar mais por criptoativos. Grandes empresas estão procurando nossa ajuda para entrar neste mercado. A cada dia estamos mais preparados para dar todo o suporte, oferecendo a elas a tecnologia e conhecimento necessários para que se sintam seguras para esse mercado”, disse Ricardo Dantas, Co-CEO da Foxbit.
Com o Foxbit Business, a empresa pretende oferecer um serviço exclusivo para grandes empresas, com suporte exclusivo, para que tenham segurança para investir em ativos digitais. Entre os diferenciais da nova plataforma, estão suporte jurídico e societário, suporte contábil, relatórios e análises exclusivos e novas soluções de custódia global, feita inicialmente em parceria com a BitGo, cuja sede fica na Califórnia (EUA), mas possivelmente também com novos parceiros no futuro, segundo Dantas.
Se nos Estados Unidos, gigantes como Tesla e PayPal já participam deste mercado — movimento que também já é intenso na Europa e na Ásia —, no Brasil o movimento de grandes companhias em direção ao bitcoin e outros ativos digitais ainda é mais comedido. Dantas, entretanto, acredita que isso está prestes a mudar: "O Brasil está evoluindo rápido, pois as empresas e pessoas estão procurando novas formas de investimentos. Na medida que o conhecimento aumenta, aumenta também a procura. Acredito que o Brasil estará entre os maiores países do cenário cripto muito em breve", disse o co-CEO da Foxbit.
Segundo a empresa, o Foxbit Business é voltado exclusivamente para clientes Pessoa Jurídica, como empresas, fundos e family offices e a plataforma oferece taxas diferenciadas de acordo com os volumes operados e os tipos de serviços utilizados.
Na semana passada, a startup Yubb, cliente da Foxbit Business, foi uma das primeiras empresas brasileiras a anunciar o investimento de parte das suas reservas financeiras em bitcoin. "Se as startups se colocam como as empresas mais inovadoras do mundo, por que não utilizar investimentos igualmente inovadores que estão quebrando paradigmas?", questionou Bernardo Pascowitch, presidente da fintech, em entrevista exclusiva à EXAME.
Com duas das maiores empresas do setor de criptoativos no Brasil concentrando esforços para atrair investidores institucionais, é provável que esse movimento, já comum em outros países, se torne mais intenso também por aqui.
No curso "Decifrando as Criptomoedas" da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, head de criptoativos da Exame, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o funcionamento. Confira.