(PATRICIA DE MELO MOREIRA/Getty Images)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 13 de janeiro de 2021 às 16h04.
Última atualização em 13 de janeiro de 2021 às 16h57.
A alta acumulada do bitcoin e dos criptoativos nos últimos meses foi tão acentuada que fez com que muitos investidores se tornassem bilionários — ou chegassem muito perto disso. A maioria deles, claro, permanece anônima, mas a revista Forbes listou, na segunda-feira, 11, cinco nomes que atingiram cifras com pelo menos 10 dígitos graças a seus investimentos em criptoativos.
Principal criptoativo do mundo, o bitcoin, que em janeiro de 2020 custava perto de 7.000 dólares, fechou o ano valendo quase cinco vezes mais e, logo no início de 2021, atingiu sua máxima histórica acima de 41.000 dólares. Os ganhos dos investidores, entretanto, podem ser muito maiores para quem investiu há mais tempo — como referência, há cinco anos, 1 bitcoin era negociado a 430 dólares, quase um centésimo do preço registrado no domingo, dia 10.
Impulsionado pelos efeitos econômicos e práticos da pandemia — crise global e aceleração da digitalização financeira, para citar apenas dois exemplos —, o bitcoin tem feito a alegria de muitos investidores, em especial quem está neste mercado há bastante tempo.
Veja, abaixo, quem são os "bilionários do bitcoin":
O primeiro nome na lista é, na verdade, um sobrenome. Os irmãos Winklevoss — Tyler e Cameron — são gêmeos e ficaram conhecidos antes do bitcoin existir, quando processaram Mark Zuckerberg alegando que a ideia do Facebook era deles e lhes foi roubada.
Após fazerem acordo com o criador do Facebook, utilizaram parte do dinheiro para investir em bitcoin e no mercado de criptoativos de forma geral. Criaram a corretora de criptoativos Gemini, que hoje é uma das maiores do mundo. No final de 2020, participaram do Future of Money, evento da EXAME para discutir o futuro do dinheiro, que você pode assistir clicando aqui.
Em 2013, disseram ter 11 milhões de dólares em bitcoin, enquanto a moeda ainda era cotada a apenas 120 dólares. Assumindo que ainda possuem boa parte dos ativos, a Forbes estima a fortuna dos irmãos em 1,4 bilhão de dólares — considerando apenas o patrimônio em cripto, ignorando possíveis outros bens e investimentos.
Roszak trabalhou em venture capital antes de comprar seus primeiros bitcoins, em 2012. Em 2016, fundou a Bloq, da qual é o atual presidente. A empresa trabalha com consultoria em blockchain, e tem como clientes nomes como Citigroup e Discover.
Recentemente, Roszak ganhou as manchetes por liderar um movimento que pretendia dar 50 dólares em bitcoin para cada um dos membros do Congresso dos Estados Unidos, a fim de ensiná-los sobre o mercado de criptoativos.
Segundo a Forbes, o patrimônio de Roszak, considerando apenas seus criptoativos, é de 1,2 bilhão de dólares — quatro vezes mais do que os 300 milhões que possuía até meados de 2020.
A família Draper é conhecida por seus enormes investimentos na região do Vale do Silício, nos Estados Unidos. Tim foi um dos fundadores da Draper Fisher Jurvetson, que investiu em centenas de empresas de diversos setores, incluindo marcas como a Tesla.
Em 2014, Tim Draper afirmou ter comprado 29.656 bitcoins em um leilão do governo americano — os ativos tinham sido confiscados pelo FBI em operação contra o site da deep web Silk Road.
Na época da operação, Tim Draper pagou 632 dólares por bitcoin. Hoje, sua fortuna, apenas com o principal criptoativo do mundo, vale 1,1 bilhão de dólares.
Ninguém chamou tanta atenção no mercado de criptoativos em 2020 quanto Michael Saylor, fundador da empresa de desenvolvimento de softwares de business intelligence MicroStrategy.
Preocupado com a possível desvalorização do dólar diante dos estímulos econômicos pós-pandemia, Saylor levou a companhia a comprar 1,1 bilhão de dólares em bitcoin ao longo do ano — fazendo com que não apenas multiplicasse o capital da empresa como também levando as ações a dobrar de valor.
Em outubro, Saylor relevou ter investido 175 milhões de dólares de seu patrimônio pessoal para comprar 17.732 bitcoins, hoje avaliados em 600 milhões. Some a isso sua fatia de 1,2 bilhão na MicroStrategy e está aí mais um "bilionário do bitcoin".
Gestor de fundos de hedge do banco Goldman Sachs por vários anos, Novogratz se tornou um dos maiores especialistas em criptoativos no mundo e criou a Galaxy Investment Partners, que investe e desenvolve serviços ligados ao universo cripto.
Em 2013, ele teria comprado 7 milhões de dólares em bitcoin, que supostamente teriam sido usados para criar a Galaxy. Segundo a Forbes, a empresa possui 621 milhões em criptoativos, 300% mais do que há quatro meses.
Sua fatia de 77% da companhia, então, equivale a 478 milhões de dólares. A esse valor, deve ser acrescentado seu patrimônio pessoal de criptoativos, que ele se recusou a comentar.
No curso "Decifrando as Criptomoedas" da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, head de criptoativos da EXAME, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o funcionamento. O especialista usa como exemplo o jogo Monopoly para mostrar quem são as empresas que estão atentas a essa tecnologia, além de ensinar como comprar criptoativos. Confira.