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Deutsche Bank entra com pedido na Alemanha para realizar custódia de criptoativos

Maior banco alemão busca obter licença para operações envolvendo ativos digitais para ampliar receita por taxas

Deutsche Bank tem mostrado interesse no setor de criptoativos (Kai Pfaffenbach/Reuters)

Deutsche Bank tem mostrado interesse no setor de criptoativos (Kai Pfaffenbach/Reuters)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 20 de junho de 2023 às 10h23.

O Deutsche Bank, o maior banco da Alemanha e um dos maiores do mundo, entrou com um pedido de licença junto ao regulador alemão para poder realizar serviços de custódia de criptoativos. O movimento marca mais uma adesão de um agente tradicional do mercado ao setor de ativos digitais.

A decisão foi informada por David Lynne, que é responsável pela unidade de serviços bancários comerciais do Deutsche Bank. Segundo ele, a instituição está "construindo nosso negócio de ativos digitais e de custódia". Lynne disse ainda que o pedido já foi enviado para o Bafin, a Autoridade Federal de Supervisão Financeira da Alemanha.

O objetivo da licença é ampliar operações do banco que permitiriam aumentar a receita por meio de taxas cobradas dos clientes, segundo Lynne. Além disso, o movimento segue o exemplo do DWS Group, um braço de investimentos do Deutsche Bank que também oferece serviços com criptoativos.

O pedido do Deutsche Bank mostra que ainda há interesse de agentes institucionais no mercado cripto mesmo em meio à ação de reguladores contra empresas do setor e em um momento de mercado menos favorável. Integrantes do setor cripto têm criticado a postura dos Estados Unidos após os processos abertos pela SEC, afirmando que isso pode levar à fuga de empresas e capital para países mais amigáveis ao segmento.

Testes com tokenização

Recentemente, uma filial do Deutsche Bank em Singapura anunciou a conclusão de uma fase de prova de conceito do  Projeto DAMA (Digital Assets Management Access, em inglês), idealizado para facilitar o gerenciamento de fundos digitais que investem em títulos tokenizados.

De acordo com o relatório, os responsáveis pelo projeto conseguiram criar um fundo de ativos digitais com seu próprio token vinculado a um blockchain e lançar uma forma de converter diretamente fundos fiduciários para ativos digitais por parte dos seus clientes.

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