Future of Money

Déficit de funcionários pode limitar avanço do Pix em 2024, revela Banco Central

Pix automatizado deve ser o único projeto implementado na plataforma de transações instantâneas do BC em 2024

Edifício-Sede do Banco Central em Brasília. (Marcelo Casal/Agência Brasil)

Edifício-Sede do Banco Central em Brasília. (Marcelo Casal/Agência Brasil)

Cointelegraph
Cointelegraph

Agência de notícias

Publicado em 16 de novembro de 2023 às 10h48.

O Pix, plataforma de liquidações instantâneas lançada oficialmente pelo Banco Central (BC) em outubro de 2020, chegou aos três anos contabilizando uma média de 4 bilhões de transações mensais. Porém, embora os números justifiquem o desenvolvimento de diversas novas ferramentas anunciadas recentemente, do outro lado do balcão o BC enfrenta outro desafio: a limitação de seu quadro de funcionários para a abarcar o avanço do Pix e outros projetos da autoridade monetária.

Foi o que sugeriu o chefe de Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro, Angelo Duarte, na última segunda-feira, 13, em uma live sobre os três anos do Pix e suas perspectivas para o futuro. Segundo ele, a agenda evolutiva do Pix está impactada porque o quadro de funcionários não acompanhou a quantidade de novos projetos incorporados pelo BC nos últimos anos, entre eles o Drex, versão brasileira de moeda digital emitida por banco central (CBDC, na sigla em inglês).

  • Economia digital e você ainda não investe em criptoativos? Conheça a Mynt, uma plataforma crypto brasileira e com a melhor seleção de ativos disponível para você explorar novas formas de investir sem medo. Abra agora sua conta gratuitamente.
yt thumbnail

Para 2024, Duarte revelou que o BC deverá lançar apenas o Pix automatizado, definido em outubro durante uma plenária do Fórum Pix, que é um ambiente de discussões e de coordenação dos diversos agentes de mercado para assuntos relacionados a pagamentos instantâneos no âmbito do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).

Enquanto isso, lançamentos como o Pix Internacional, integração a sistemas de transações digitais de outros países, o Pix Offline, efetuação de operações sem a conexão a internet, e o Pix Parcelado, que se encontra em fase de testes porém sem previsão de implementação, correm o risco de parar na geladeira.

Embora Angelo Duarte não tenha pormenorizado o deficit do BC em seu quadro funcional, o problema já é de conhecimento público e suas razões também. Entre elas está o Drexit, termo alusivo Brexit que se refere à saída do Reino Unido da União Europeia. Nesse caso, o Drexit diz respeito à saída de funcionários do BC pelo assédio pela iniciativa privada, em sua maioria profissionais ligados ao desenvolvimento do Drex.

Entretanto, há outras questões para a limitação de funcionários, frente às demandas do BC. Uma delas é a reivindicação de um bônus de produtividade nos moldes do que foi regulamentado para a Receita Federal, e a não realização de novos concursos. Além disso, o BC convive atualmente com um clima nada ameno por causa da distorção dos vencimentos dos procuradores, em razão da incorporação de honorários em seus salários.

Apesar dos desafios funcionais, o Banco Central anunciou para o próximo ano que o Pix terá integração com o Drex.

Economia digital e você ainda não investe em criptoativos? Conheça a Mynt, uma plataforma crypto brasileira e com a melhor seleção de ativos disponível para você explorar novas formas de investir sem medo. Abra agora sua conta gratuitamente.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube Telegram | Tik Tok  

Acompanhe tudo sobre:PIXBanco Central

Mais de Future of Money

ETF de bitcoin da BlackRock já é maior que os 2,8 mil ETFs lançados nos últimos 10 anos

Bilionários do bitcoin lucram R$ 46,2 bilhões em uma semana com disparada após eleição de Trump

Bitcoin pode chegar a US$ 500 mil e "está só no início", projeta gestora

FBI inspeciona casa de fundador do Polymarket e apreende celular e outros eletrônicos