Redação Exame
Publicado em 4 de setembro de 2024 às 12h17.
Última atualização em 11 de setembro de 2024 às 10h23.
A equipe de desenvolvedores do blockchain Polygon anunciou nesta quarta-feira, 4, que a migração de criptomoeda principal da rede foi concluída. Com isso, a MATIC dará lugar para o POL, que passará a ser usado para o pagamento de taxas e prática de staking na rede, uma das principais do mercado cripto.
Ao anunciar a mudança, os desenvolvedores explicaram que a nova criptomoeda vai manter as características do matic, incluindo a lógica de distribuição. A ideia é que os atuais compradores do MATIC não precisem realizar nenhuma operação de troca, recebendo POL na proporção de 1 para 1.
Entretanto, usuários que estejam com unidades do token armazenados na Ethereum ou em corretoras de criptomoedas precisarão realizar um processo de migração e saque desses ativos para que a conversão ocorra na Polygon.
Além da troca dos ativos, a atualização no blockchain incluiu também mudanças em protocolos de finanças descentralizadas na rede e outros aplicativos descentralizados, além de todas as mudanças de infraestrutura necessárias para acomodar o novo token.
Segundo os desenvolvedores, a atualização faz parte de um "esforço para mudar a arquitetura" do blockchain, criando um único arcabouço de liquidez que incentiva a interoperabilidade com outras redes e substituindo as duas soluções de escalabilidade que eram usadas na rede.
Dados da plataforma CoinGecko indicam que, no momento, a Polygon possui a 27ª criptomoeda mais valiosa do mercado, posição da MATIC que deverá ser ocupada pelo POL. Mesmo com as mudanças anunciadas, o token acumula fortes perdas nos últimos dias, com queda de 13% no acumulado de 7 dias.
A Polygon é um blockchain de segunda camada que tem como principal objetivo dar mais escalabilidade para projetos ligados à Ethereum. Ela se tornou conhecida no mercado pelas parcerias com grandes empresas tradicionais, como a Starbucks e a Meta.
A Mastercard, a L'Oréal, a Diesel, a Warner Music Group, a Fifa, a Lufthansa, a Salesforce e a Starbucks também anunciaram projetos na rede nos últimos anos, com foco principalmente na criação de tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês).