(Frank Lee/Getty Images)
No dia 31 de outubro de 2008, o whitepaper ''Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System'' foi apresentado ao mundo detalhando, pela primeira vez, o funcionamento do que viria ser a maior criptomoeda do mundo. Da apresentação do whitepaper para uma pequena comunidade de entusiastas conhecidos como cypherpunk a um ativo com uma capitalização de mercado de 1 trilhão de dólares, se passaram apenas 12 anos.
Durante esse período, não apenas o bitcoin se desenvolveu, como todo um setor de finanças descentralizadas emergiu, tanto replicando instrumentos financeiros tradicionais como criando mecanismos nunca antes vistos antes, inaugurando novas tendências no setor das criptomoedas.
Aqui, vamos explorar algumas das tendências mais quentes que estão chamando a atenção de entusiastas de criptoativos e trazendo o mainstream para o setor.
NFTs são tokens que representam itens e características únicas, não fungíveis e são colecionáveis, devido à escassez digital que é verificável através da tecnologia blockchain. Os NFTs podem representar inúmeros produtos, de obras artísticas a imóveis reais.
Devido à popularidade dos NFTs, grandes marcas tanto já lançaram suas coleções próprias como estão comprando NFTs para adicionar às suas coleções particulares. Em 23 de agosto, a Visa anunciou a compra do NFT Crypto Punk #7610 por 49,50 Ether (ETH) – cerca de 164.000 dólares, mais de 800.000 reais.
Devido ao potencial quase ilimitado de usos, os NFTs atingiram feitos notáveis nos últimos anos:
As finanças descentralizadas representam diferentes instrumentos financeiros através de uma infraestrutura blockchain ou banco de dados descentralizados.
A capitalização de mercado do DeFi cresceu exponencialmente desde 2020, estabelecendo um novo recorde histórico de 137 bilhões de dólares. No primeiro trimestre de 2021, o volume de negociação das stablecoins dobrou e o volume das DEX aumentou 2,5 vezes.
A grande inovação do setor DeFi é permitir que qualquer usuário possa utilizar instrumentos complexos que antes estavam disponíveis apenas para investidores qualificados – aqueles com grande patrimônio – enquanto não exige qualquer KYC e permite a auto-custódia dos fundos negociados.
Em 2020, a pandemia acelerou o uso dos videogames, elevando a indústria para a marca de 165 bilhões de dólares e 2,9 bilhões de usuários. Uma tendência por si só. Entretanto, à medida que o coronavírus se alastrava, os empregos sumiram e com isso, as pessoas buscavam novas fontes de renda.
No cenário da erosão das possibilidades e aumento da digitalização, os games e a blockchain se encontram, inaugurando um novo paradigma na indústria dos jogos, o 'Play-to-earn'. Os jogos sempre tiveram moedas digitais, mas as opções de conversão da 'riqueza do jogo' para 'riqueza real' eram limitadas.
Em 2019, houve um aumento expressivo dos jogos que recompensam em criptomoedas seus usuários, permitindo a conversão entre o dinheiro do jogo e o dinheiro real e recompensando os jogadores com valores maiores do que o salário-mínimo de vários países. Como evidência da tendência:
A tokenização também está se estabelecendo como uma grande tendência no setor das criptomoedas, atingindo diferentes setores. Apesar dos casos já populares, como o da tokenização de obras de arte, setores como dos imóveis, pedras preciosas e dos ativos naturais também estão sendo radicalmente transformados pela tecnologia blockchain.
Quando setores com problema de liquidez, restrito a grandes investidores e extremamente dependentes de mercados locais são tokenizados, eles permitem uma vasta ampliação das possibilidades daquele setor.
Em 2018, a Elevated Returns, uma empresa de gestão de ativos com sede em Nova York, concluiu seu primeiro negócio imobiliário de tokenização, com a tokenização do St. Regis Resort em Aspen na blockchain Ethereum. O relatório 'Security Token Market Real Estate' de 2021 mostra que o mercado imobiliário tokenização atingiu o valor de 32 milhões de dólares.
À medida que a tendência ESG cresce e cada vez mais dinheiro vai para a economia verde, os ativos naturais como florestas, carbono e produtos ecologicamente corretos estão encontrando a blockchain, inaugurando a nova era das finanças sustentáveis descentralizadas.
Como abordei no último artigo, trilhões de dólares estão indo para o setor da sustentabilidade e, ao encontrar a tecnologia blockchain, mercados antes impossíveis e inacessíveis para o mercado global se tornam não apenas possíveis como desbloqueiam tendências há muito previstas. A floresta é o novo ouro e como o bitcoin, ela é escassa e uma ótima reserva de valor. Se você também é apaixonado pelas criptomoedas e pela nova economia verde, adoraria conhecer suas ideias.
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