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Criptomoedas recuam em véspera de eleição nos EUA e corretoras entram em embate; entenda

Eleições de meio de mandato podem impactar futuro da regulação do setor cripto no país; uma criptomoeda despenca quase 13% em meio a embate entre as duas maiores corretoras cripto do mundo

Binance e FTX são as duas maiores corretoras cripto do mundo em volume de negociação (Imagem/Unsplash)

Binance e FTX são as duas maiores corretoras cripto do mundo em volume de negociação (Imagem/Unsplash)

O mercado de criptomoedas inicia esta segunda-feira, 7, em recuo na cotação de seus principais ativos. Movimentando US$ 82 bilhões, o setor apresenta cautela quanto às eleições de meio de mandato nos Estados Unidos e o risco de insolvência por parte da segunda maior corretora cripto do mundo.

Cotado a US$ 20.753, o bitcoin apresenta queda de 2,35% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. A principal criptomoeda havia sinalizado recuperação nos últimos dias, mas recuou.

Já o ether, criptomoeda nativa da rede Ethereum, é cotado a US$ 1.578, com queda de 2,85% nas últimas 24 horas.

As duas maiores criptomoedas apresentam quedas moderadas a partir das expectativas para o resultado das eleições nos Estados Unidos, marcadas para a próxima terça-feira, 8. Na ocasião, os habitantes do país terão a opção de escolher todos os 435 deputados da Câmara e 35 senadores.

A votação é determinante para o resto do mandato do presidente Joe Biden, que já havia se demonstrado disposto a regular o setor de criptomoedas no país. Além disso, a escolha de deputados e senadores pode afetar a aprovação de projetos de lei sobre o tema, que já circulam no país.

(Mynt/Divulgação)

Dogecoin, a criptomoeda “queridinha” de Elon Musk que havia disparado na última semana, também apresenta queda de 5,53% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. O movimento teria sido motivado após o Twitter abandonar os planos de desenvolvimento de uma carteira de criptomoedas.

Binance vs. FTX

No entanto, a maior queda do mercado cripto nesta segunda-feira, 7, entre os seus principais ativos, é liderada pela Solana. A criptomoeda, que ocupa atualmente o 10º lugar entre as maiores do mundo, se vê em meio a um embate entre as duas maiores corretoras cripto do mundo por volume de negociação: Binance e FTX.

Na última semana, o mercado se surpreendeu com a revelação de que o balanço da FTX e da Alameda Research, empresa do mesmo grupo, era composto toalmente pelo token FTT, emitido pela corretora.

O fato gerou dúvidas sobre a sustentabilidade financeira das empresas, lideradas por Sam Bankman-Fried, uma das vozes mais influentes do setor na atualidade, que se tornou bilionário antes dos 30 anos por meio das criptomoedas.

O receio de que a FTX se torne insolvente e venha a dar o “calote” em investidores fez com que muitos optassem por vender seu patrimônio aplicado em FTT, o token da corretora. Nomes importantes estiveram neste grupo, como Changpeng Zhao, o CEO da Binance.

Atualmente a maior corretora do mundo em valor de mercado e volume de negociação, a Binance tinha FTT em suas reservas após recebê-los em troca de uma participação que chegou a ter na empresa.

O FTT caiu 2,4% nas últimas 24 horas. No entanto, a criptomoeda da 2ª maior corretora do mundo em volume de negociação apresenta uma queda ainda maior no cenário semanal: 14,61% nos últimos sete dias, de acordo com dados do CoinMarketCap.

Porém, foi a Solana que apresentou a maior queda em meio à situação. Ligada intimamente à FTX, a SOL é cotada a US$ 31,81 e despenca quase 11% no momento. A queda chegou a 13% durante a manhã desta segunda-feira, 7.

Nem mesmo a notícia de que o Google teria planos para se tornar validador de seu blockchain foi suficiente para causar uma recuperação na cotação. Após um salto momentâneo, a SOL voltou a operar no vermelho.

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