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Milhões de dólares, famosos e grandes marcas: como é o maior evento de NFTs do mundo

Com mais de 15.000 pessoas, NFT.NYC mostra o quanto a nova tecnologia pode impactar diferentes indústrias

NFT.NYC: conferência traz inúmeros debates sobre criptomoedas, blockchain e NFTs. (Noam Galai/Getty Images)

NFT.NYC: conferência traz inúmeros debates sobre criptomoedas, blockchain e NFTs. (Noam Galai/Getty Images)

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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 22 de junho de 2022 às 18h48.

Última atualização em 22 de junho de 2022 às 18h59.

Mais de 15.000 ingressos vendidos e cerca de 10 milhões de dólares em receita de bilheteria. Três dias, mais de 1.500 palestrantes, presença de celebridades e grandes marcas, tudo no coração de uma das cidades mais importantes do mundo. Poderia ser um grande evento de música, cinema, games ou qualquer outro grande mercado, mas, como o próprio nome diz, o NFT.NYC, em Nova York (EUA), é sobre NFTs.

NFTs, sigla em inglês para tokens não fungíveis, são um tipo de criptoativo que, além de únicos e indivisíveis, podem conter informações como fotos, vídeos, áudios e outros dados. Como circulam na blockchain, esses tokens não podem ser alterados e são rastreáveis, o que garante a eles uma certificação de propriedade. Por tudo isso, a tecnologia pode ter milhares de aplicações - e o evento, claro, aborda muitas dessas possibilidades.

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As apresentações, debates e palestras são divididas em "trilhas", com diferentes setores que podem ou já estão sendo impactados por essa tecnologia: arte, colecionáveis, esportes, música, moda, games, ingressos e, claro, finanças e investimentos.

Se você acha que os NFTs ainda são algo muito segmentado, de interesse apenas de um pequeno grupo de nerds e entusiastas da tecnologia blockchain, o NFT.NYC mostra uma realidade bem diferente e reforça o quanto os NFTs já estão profundamente difundidos na cultura norte-americana.

A cidade de Nova York, uma das maiores e mais visitadas do mundo, respira NFTs durante o evento. Os famosos paineis de LED da Times Square, os ônibus carregando milhares de turistas para lá e para cá, os lendários táxis amarelos. Nenhum espaço publicitário da "Big Apple" escapa: praticamente só mostram NFTs.

Mais do que isso, a agenda cultural da cidade é tomada por atividades ligadas a essa tecnologia. Festas, coquetéis, debates, demonstrações, encontros... além da programação oficial do evento, que tem mais de 45 páginas, são centenas de eventos paralelos sobre o assunto.

Famoso e grandes empresas marcam presença

Um dos destaques da programação oficial do evento foi a presença do cineasta Spike Lee, famoso por filmes como "Faça a Coisa Certa", "Febre da Selva" e "Infiltrado na Klan".

Um dos nova-iorquinos mais famosos do mundo, Spike Lee falou sobre o lançamento dos seus NFTs, sobre a fundação criada por ele, que usa NFTs para financiar projetos audiovisuais de estudantes, e também contou que começou a se interessar pelo tema por pressão dos filhos: "São eles que me atualizam sobre tecnologia, música e outros assuntos", contou.

Ator Spike Lee durante o evento NFT.NYC. (Noam Galai/Getty Images)

Além de Spike Lee, o evento também contou a participação de vários outros famosos e também de grandes marcas, como Disney, Nike e Adidas. O CEO da Ticketmaster, patrocinadora da conferência, explicou em um dos painéis sobre como a empresa já está de olho no uso de NFTs, tanto como ingressos quanto em outras frentes.

Outras marcas conhecidas, como Microsoft e Samsung, cederam seus escritórios para receber eventos paralelos - a primeira, por exemplo, foi palco de extensa programação da ConsenSys, empresa criadora da carteira MetaMask e cujo fundador, Joseph Lubin, é também um dos criadores da rede Ethereum.

Com a recente queda no preço das principais criptomoedas do mundo, como bitcoin e ether, a NFT.NYC reforça o quanto a tecnologia blockchain vai além dos investimentos, e também o quanto ela já está sendo usada para muitas outras coisas e o quanto de impacto poderá ter em diferentes indústrias no futuro.

O jornalista viajou à Nova York a convite da BAYZ.

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