Singapura: destaque na Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), país tem um dos maiores hubs logísticos do mundo (Leungchopan/Getty Images)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 27 de outubro de 2020 às 15h08.
Um dos principais centros financeiros do mundo, Singapura é também um dos lugares mais avançados quando o assunto são as criptomoedas. Nesta terça-feira (27), mais uma prova desse cenário de inovação: o DBS Bank, maior banco do sudeste asiático, lançou sua própria exchange de criptoativos, a DBS Digital Exchange.
A nova plataforma ainda não está em operação, mas o site oficial, que ainda não é totalmente funcional, foi ao ar pela primeira vez — e retirado algumas horas depois, quando a notícia começou a circular.
"Serviços de negociação de moedas fiduciárias para quatro das maiores moedas digitais em circulação — bitcoin, bitcoin cash, ether e XRP", dizia a página, que também tinha informações sobre quem são os potenciais clientes e como será o funcionamento da plataforma:
"A DBS Digital Exchange aceita como membros apenas instituições financeiras e investidores profissionais. Investidores individuais só poderão acessar a exchange através de um membro", anunciava a página, deixando claro que o foco não será no varejo.
"Ao contrário da maioria das exchanges, a DBS Digital Exchange não faz a custódia de nenhum ativo digital. Ao invés disso, os ativos digitais ficarão sob custódia do DBS Bank, que é mundialmente conhecido por este serviço. Para manter os ativos seguros, o DBS Bank lançou o DBS Digital Custody, uma solução institucional especialmente desenvolvida para este fim".
A notícia movimentou o mercado cripto. Changpeng Zhao, CEO da Binance, uma das maiores exchanges de criptoativos do mundo, se mostrou empolgado, dizendo que se trata de "um passo na direção certa" por parte do DBS Bank.
Em relatório publicado em agosto passado, chamado "Digital Currencies: Public and Private, Present and Future", o DBS Bank afirmava que "as criptomoedas podem ser usadas em vários contextos onde contas bancárias convencionais são um tanto prejudicadas" e que "como a rede de criptomoedas não tem fronteiras, é simples transferir pagamentos de criptomoedas entre países".