(SOPA Images/Getty Images)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 2 de junho de 2021 às 12h48.
Última atualização em 2 de junho de 2021 às 12h50.
A Guggenheim Partners, uma das maiores gestora do mundo com cerca de 270 bilhões de dólares (quase 1,4 trilhão de reais) em ativos sob sua gestão, deverá buscar exposição ao bitcoin em seu novo fundo, mostram documentos enviados pela empresa à SEC, autoridade que regula valores mobiliários nos EUA.
Segundo a documentação, o fundo "Guggenheim Active Allocation Fund" terá nas criptomoedas, e em especial no bitcoin, parte de sua estratégia, que contempla, ativos tradicionais e alternativos. O fundo pretende utilizar análises quantitativas e qualitativas para buscar oportunidades com boa relação de valor e risco/recompensa.
"O Fundo poderá investir em criptomoedas (especialmente bitcoin), muitas vezes chamadas 'moedas virtuais' ou 'moedas digitais', por meio de instrumentos derivativos liquidados em dinheiro", diz o documento, explicando que isso inclui futuros negociados em bolsa liquidados em dinheiro, ou veículos de investimento que ofereçam exposição ao bitcoin ou outras criptomoedas por meio de investimentos diretos.
No documento, a Guggenheim Partners cita fatores que apontam para o desenvolvimento do mercado de criptoativos, como o seu "contínuo crescimento global" e o aumento no uso de redes blockchain para contratos inteligentes e outras aplicações. Apesar disso, a empresa também aponta possíveis riscos ligados ao setor, como alta volatilidade, riscos cibernéticos, percepção negativa por parte do público e "riscos gerais relacionados a qualquer investimento em tecnologia".
Esta não é a primeira vez que a gestora indica uma grande entrada no mercado de criptoativos. No final de 2020, a Guggenheim enviou documentação à SEC solicitando o direito de investir até 10% do patrimônio do seu "Macro Opportunities Fund" em bitcoin - o que equivale a 530 milhões de dólares - através dos fundos da Grayscale.
Apesar disso, o CIO da empresa, Scott Minerd, vive entre altos e baixos com as criptomoedas. Em 2020, afirmou que o bitcoin poderia chegar a 400 mil dólares em alguns anos, citando a escassez e a proteção contra a inflação como duas importantes características do ativo. Depois, em abril, falou que a criptomoeda poderia despencar - o que de fato aconteceu, cerca de um mês depois - e, no último dia 28, previu uma nova queda para o ativo naquele final de semana, o que acabou não se concretizando.
No curso "Decifrando as Criptomoedas" da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o seu funcionamento. Confira.