(Dem10/Getty Images)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 30 de novembro de 2020 às 16h06.
Última atualização em 30 de novembro de 2020 às 19h20.
A Guggenheim Partners, empresa norte-americana de investimentos que tem mais de 270 bilhões de dólares sob sua gestão, enviou documento à SEC na última sexta-feira (27), em que pede o direito de investir até 530 milhões de dólares em bitcoin.
A Securities and Exchange Commission (SEC) é o órgão regulador dos mercados financeiros dos EUA, e a Guggenheim Partners fez o pedido para garantir o direito de alocar até 10% do patrimônio líquido do seu fundo "Macro Opportunities" — que é de 5,3 bilhões de dólares — no principal criptoativo do mundo, através do fundo "Bitcoin Trust", da Grayscale.
"O fundo Macro Opportunities, da Guggenheim, pode buscar exposição de investimento em bitcoin indiretamente, investindo até 10% de seu valor líquido no Grayscale Bitcoin Trust (“GBTC”), um produto de investimento oferecido de forma privada que investe em Bitcoin”, diz a empresa, no documento enviado à autoridade financeira norte-americana.
A Grasycale é a maior custodiante de bitcoin do mundo, com a posse de mais de 500 mil unidades do ativo. Seu fundo de investimento GBTC permite que os investidores participem do mercado de criptoativos sem ter que lidar diretamente com a custódio dos mesmos. O patrimônio do fundo de bitcoin já passa de 10 bilhões de dólares.
No comunicado, a empresa de investimentos deixa claro que não pretende comprar ou custodiar criptoativos: "Exceto pelo seu investimento no GBTC, o fundo não investirá, direta ou indiretamente, em criptomoedas", diz o texto.
A possível entrada da Guggenheim Partners no mercado de criptoativos reforça a tese de que investidores institucionais estão mais propensos a investir nesta classe de ativos, o que pode favorecer o desenvolvimento do mesmo.
Além de investir, empresas também estão mais inclinadas à participar do mercado cripto de forma ativa, oferecendo produtos e serviços ligados a este universo, como fizeram recentemente o PayPal e a Square (esta, por meio da sua plataforma Cash App), que agora oferecem suporte para compra, venda e utilização de criptoativos.