(Niphon Subsri / EyeEm/Getty Images)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 19 de novembro de 2020 às 19h40.
Última atualização em 19 de novembro de 2020 às 20h09.
A aceitação do bitcoin como uma reserva de valor está ganhando força entre investidores do mundo todo. É isso que afirma um relatório do Deutsche Bank divulgado nesta quinta-feira, 19.
Analista do banco de investimentos alemão, Jim Reid falou sobre o assunto em seu relatório: "Parece haver uma demanda crescente para usar o bitcoin onde o ouro costumava ser usado, para se proteger contra o risco de desvalorização do dólar, contra a inflação e outras coisas”, disse Reid, diretor e chefe de Estratégia de Crédito Global da companhia.
Especialistas, entusiastas e investidores de bitcoin consideram o ativo como uma espécie de "ouro digital" já há bastante tempo, mas o mercado de forma geral sempre refutou a afirmação, que se baseia no fato de seu suprimento ser limitado e previsível e no seu caso de uso como reserva de valor além dos limites da interferência e da influência bancárias.
Mais recentemente, com o crescimento do mercado de criptoativos, grandes instituições financeiras parecem estar mudando de opinião. Antes do Deutsche Bank, o banco J.P. Morgan já havia publicado relatório indicando que investidores institucionais estariam trocando o ouro pelo bitcoin.
Depois, foi a vez de Thomas Fitzpatrick, um dos principais analistas do Citibank, comparar ouro e bitcoin, dizendo que o movimento de preços do ativo digital tem muitas semelhanças com o que aconteceu com o metal precioso e fazendo uma previsão de que o bitcoin poderá valer 318.000 dólares em dezembro de 2021.
O bitcoin vive um momento de excitação no mercado, com quebra de recordes consideráveis: nesta semana, atingiu seu maior preço da história no mercado brasileira, chegando a passar de 97.000 reais, e também atingiu a maior capitalização de mercado de sua história, de quase 335 bilhões de dólares.