(Jirapong Manustrong/Getty Images)
Cointelegraph Brasil
Publicado em 4 de novembro de 2020 às 17h25.
Última atualização em 11 de novembro de 2020 às 17h36.
Os brasileiros negociaram mais de 7 bilhões de reais em bitcoin e outros criptoativos no mês de setembro, segundo dados informados pelas exchanges nacionais à Receita Federal.
As empresas brasileiras que negociam ativos digitais são obrigadas a informar todas as transações à Receita Federal, que compilou as informações e divulgou um balanço deste tipo de operação. Segundo a instituição, foram negociados 7,175 bilhões de reais no período de 30 dias.
O resultado, apesar de impactante, não está entre os melhores do ano. Segundo a Receita, as negociações com criptoativos recuaram em setembro, depois de uma grande alta em julho e agosto, que registraram um total de 15,4 bilhões e 12 bilhões de reais, respectivamente.
Em setembro, porém, o volume de negociação em exchanges nacionais superou o uso de plataformas no exterior. De acordo com os dados da Receita, os brasileiros negociaram, apenas nas empresas nacionais, 5,1 bilhões de reais.
Ainda segundo os dados da RFB, o número de investidores de criptoativos recuou em setembro, chegando a 97.340 pessoas físicas e 3.232 pessoas jurídicas comprando e vendendo bitcoin e outras criptomoedas em exchanges.
Outro dado importante é que o mercado de criptoativos é majoritariamente masculino, com apenas 10,64% de mulheres frente a 89,36% de homens negociando ativos digitais no país.
Enquanto as mulheres foram responsáveis por cerca de 16,26% do volume total negociado, os homens respondem por 83,74% de todo o volume registrado no período.
O relatório da Receita Federal destaca ainda que o volume de negociações de XRP, o criptoativo da Ripple, caiu consideravelmente.
O criptoativo, que vinha disputando com o bitcoin em volume de negociação no país — chegando até a superá-lo em algumas ocasiões —, viu seu volume negociado despencar em setembro.
Enquanto em agosto foram negociados quase 6 bilhões de reais em XRP, em setembro o número caiu para 44,6 milhões de reais, colocando o ativo não apenas atrás do bitcoin mas também do ether e do USDT.
Além disso, o volume de negociação de XRP em setembro foi o menor da série histórica iniciada quando a instrução normativa da Receita, que obriga as exchanges a informar suas negociações, entrou em vigor no final de 2019.
O bitcoin, mais uma vez, dominou o mercado nacional em setembro, com um volume total de negociação de 3,2 bilhões de reais.