(Chesnot / Colaborador/Getty Images)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 27 de dezembro de 2020 às 15h28.
A forte tendência de alta que o bitcoin vive desde meados de setembro continua. Após superar a marca de 25 mil dólares no Natal, o ativo digital continua subinido e, na manhã deste domingo (27), quebrou mais um recorde de preço, chegando a ser cotado acima de 28 mil dólares no mercado internacional — no Brasil, o preço chegou a 150 mil reais.
Em janeiro, o ativo era engociado na faixa de 7 mil dólares fora do país e a 28 mil reais no Brasil. Isso significa que o bitcoin subiu 300% no mercado internacional e 410% nas exchanges brasileiras — a diferença se dá por causa da variação do preço do dólare frente à moeda brasileira.
Após atingir o novo recorde, o principal criptoativo do mundo já enfrenta uma correção — no momento da publicação, o bitcoin é negociado a 26.900 dólares no mercado internacional e 142.500 reais no mercado brasileiro.
O movimento de alta dos últimos dias ainda é, segundo especialistas, reflexo da entrada de grande volume de investimentos institucionais no mercado de criptoativos. Ao longo de 2020, e especialmente desde o final de setembro, diversos fundos de hedge, gestores de investimentos e empresas têm feito grandes aportes em ativos digitais, mercado que tem no bitcoin o seu principal representante.
A empresa de software MicroStrategy, de Michael Saylor, já acumula 1,5 bilhão de dólares no ativo digital. A seguradora norte-americana MassMutual, comprou 100 milhões. A Square, do CEO do Twitter, Jack Dorsey, também tem feito grandes investimentos. A Grayscale, que possui fundos de criptoativos para investidores institucionais, também já passa de 11,5 bilhões sob sua custódia. Fundos de hedge bilionários como One River e Guggenheim Partners também anunciaram entrada no mercado. E estes são apenas alguns dos exemplos divulgados publicamente, fora aqueles feitos sob sigilo.
Prever o que vai acontecer com o preço do bitcoin e de outros criptoativos é impossível, e uma correção de preço não pode ser descartada devido ao crescimento acelerado das últimas semanas. No entanto, essa é uma ressalva que vem sendo feita por especialistas há bastante tempo, mas até agora não deu sinais de começar.