Criptoativos

Bitcoin atinge nova máxima, mas analista fala em 'avanço parabólico histórico'

Principal criptomoeda do mundo atinge novo recorde de preço, mas analistas se dividem quanto ao futuro do ativo no curto prazo

 (Bloomberg/Getty Images)

(Bloomberg/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 17 de fevereiro de 2021 às 12h24.

Última atualização em 17 de fevereiro de 2021 às 12h33.

O bitcoin atingiu uma nova máxima na manhã desta quarta-feira, 17, pouco acima de 51.500 dólares, e especialistas tentam prever o futuro no curto prazo para a principal criptomoeda do mundo. Peter Brandt, experiente analista e autor de livros sobre o mercado financeiro, por exemplo, publicou relatório em que fala sobre um possível "avanço parabólico sem precedentes".

Bitcoin entra em 'zona não mapeada'

Dados dos sites Cointelegraph Markets e TradingView mostram que o bitcoin ultrapassou o nível de resistência de 50 mil dólares mais uma vez nesta quarta-feira. No entanto, diferente do que aconteceu na terça, quando rapidamente voltou para a faixa entre 48 e 49 mil, desta vez o preço da criptomoeda avançou para cima de 51 mil dólares, chegando a um "território desconhecido".

Para alguns analistas, entretanto, isso pode ser problemático. Segundo Peter Brandt, trader com quase 50 anos de experiência no mercado financeiro, com o retorno acima de 50 mil dólares, a maior criptomoeda do mercado está em novo "avanço parabólico" — o quarto em seus 12 anos de história: "Em um panorama geral, o bitcoin está passando por seu terceiro avanço parabólico nesta última década", disse Brandt, no Twitter. "Um avanço parabólico em uma escala aritmética é extremamente raro — três em uma escala logarítmica é histórico".

O chefe de growth da Kraken, Dan Held, observou que, contando sua fase inicial antes de 2012, houve na verdade quatro avanços parabólicos, um deles desconsiderado por Brandt, segundo o próprio, por ter sido num momento em que "o bitcoin era muito incipiente".

Brandt acrescentou que se o avanço de preço atual for interrompido, uma "correção de 80% é o mais normal" como consequência baixista. Tal comportamento foi observado em 2018, quando o bitcoin, após se aproximar de 20 mil dólares, retornou para 3.100 dólares um ano depois.

Um 'novo normal'?

Vários outros indicadores — como a métrica Thermocap, o aumento de investidores institucionais e de varejo, e até dados do Fed, entrou outros —, no entanto, sugerem que o bitcoin está longe de encerrar sua tendência de alta, estando no início, e não no fim do seu movimento altista.

"Bitcoin a US$ 50.000 é o novo normal", declarou o CSO da Blockstream, Samson Mow, nesta quarta-feira.

Discutindo nova valorização do preço, outros especialistas observaram que fatores macro poderiam convergir para criar uma reação em cadeia de adoção, o que levaria o bitcoin ainda mais adiante na descoberta de novos preços.

"Se você acha que US$ 50.000 por bitcoin é caro, espere até ouvir que o governo [dos EUA] está prestes a imprimir US$1.900.000.000.000. É de tirar o fôlego", disse o responsável pelo perfil "Documenting Bitcoin", bastante popular no Twitter.

Os dados, por sua vez, mostram que o bitcoin, com seu movimento nos últimos dias, tirou o ímpeto de crescimento das altcoins. Todas os criptoativos no top 10 demonstraram movimento de preço lateralizado nas últimas horas, com exceção da Polkadot (DOT).

por Cointelegraph Brasil

Acompanhe tudo sobre:Análises técnicasBitcoinCriptomoedas

Mais de Criptoativos

Trump anuncia NFTs colecionáveis de si mesmo

Criptomoedas: o que muda com a regulamentação das moedas virtuais aprovada pelo Congresso

Estado de Nova York proíbe 'mineração' de criptomoedas; entenda