bitcoin (Reprodução/Reprodução)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 12 de novembro de 2020 às 12h50.
Na manhã desta quinta-feira (12), o bitcoin ultrapassou a barreira dos 16 mil dólares, atingindo seu maior preço em quase três anos. A última vez que o maior criptoativo chegou nesse valor no mercado internacional foi no início de janeiro de 2020.
Um dos ativos com melhor desempenho no ano, o bitcoin acumula alta de mais de 110% em 2020 — abriu o ano na faixa dos 7 mil dólares. Desde o começo de outubro, quando era cotado perto dos 10 mil dólares, já são cerca de 60% de alta acumulada.
No Brasil, o ativo é cotado a cerca de 87 mil reais, o maior preço de todos os tempos. Isso acontece por causa da desvalorização do real em relação ao dólar. Em 2017, quando o BTC chegou ao seu maior preço de todos os tempos no mercado internacional, de quase 20 mil dólares, a cotação em reais ficou na casa dos 70 mil.
A recente alta do bitcoin pode ser explicada por uma série de fatores, como a segunda onda do novo coronavírus em países europeus, mas principalmente por notícias ligadas a adoção do criptoativo por grandes corporações — o PayPal, por exemplo, anunciou que dará suporte à diversas criptos em sua carteira; o JPMorgan anunciou o desenvolvimento de uma cripto própria; já a Square, fintech comandada pelo CEO do Twitter, Jack Dorsey, anunciou a compra 50 milhões de dólares em bitcoin.
Ao mesmo tempo, iniciativas de governos de grandes economias têm mirado os criptoativos, o que aumenta a relevância e o interesse pelo bitcoin, que é o maior deles. A China, por exemplo, já conduz testes com sua CBDC, e países como Brasil, Reino Unido, entre muitos outros, também estão de olho no desenvolvimento de uma cripto emitida por seus bancos centrais.
No momento da publicação desta reportagem, o bitcoin é cotado por volta 16.115 dólares nas principais exchanges de criptoativos do mundo.