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Criador da Ethereum nega venda de R$75 milhões em criptomoedas após transferências

Investidores identificaram movimentações robustas de Vitalik Buterin para corretoras de criptomoedas, criando rumores sobre possível venda

Vitalik Buterin é um dos criadores do blockchain Ethereum (Bloomberg/Getty Images)

Vitalik Buterin é um dos criadores do blockchain Ethereum (Bloomberg/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 18 de outubro de 2023 às 16h41.

Vitalik Buterin, um dos criadores do blockchain Ethereum, ressaltou na última terça-feira, 17, que não pretende realizar nenhuma venda de criptomoedas no curto prazo. O desenvolvedor se pronunciou em meio a boatos de que ele pretende realizar uma operação de venda milionária de ativos após movimentar diversas criptomoedas.

As especulações ganharam força na última segunda-feira, 16, quando usuários identificaram uma movimentação de cerca de R$ 75 milhões em criptomoedas para a corretora Gemini. Tradicionalmente, ativos são enviados para exchanges quando há algum interesse em vendê-los.

As movimentações de Buterin costumam alarmar os investidores, já que a opinião dele tem um peso significativo nas decisões de investimento de muitos participantes do mercado. Em agosto e setembro, o desenvolvedor também chegou a transferir quantias menores para outras corretoras.

Entretanto, o criador da Ethereum negou a informação: "Se você ver qualquer artigo falando que 'o Vitalik mandou ether para uma exchange', isso não é na verdade uma venda. Quase sempre isso é alguma doação minha para caridade ou um projeto sem fins lucrativos, com o receptor vendendo para que eles consigam cobrir suas despesas".

Buterin afirmou ainda que não realizou a venda de nenhuma unidade de ether que possui buscando "ganhos pessoais" desde 2018. O criador da Ethereum já havia afirmado anteriormente que costuma usar as quantias de criptomoedas que detém apenas para doações, e não para lucrar.

Blockchain e transparência

O caso se tornou mais um exemplo do potencial da tecnologia blockchain. Graças ao fato das redes serem públicas, é possível monitor as movimentações de qualquer carteira e, com uma investigação mais profunda e demorada, até identificar o dono dessa carteira.

É o caso da carteira digital de Buterin. Com isso, é possível monitorar todas as transações que a carteira realiza, incluindo saídas e entradas, os ativos movimentados e a quantidade envolvida na operação. Por isso, entusiastas do ecossistema cripto monitoram constantemente a atividade de figuras como Buterin.

Por outro lado, também há limitações. A principal é que não é possível saber com certeza qual é o objetivo de cada movimentação, apenas que elas ocorreram. Nesses casos, acaba-se abrindo margem para especulações, como as em torno da transferência milionária de Buterin para a corretora.

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