Corretoras de criptomoedas como a Binance e a Coinbase já lançaram funcionalidades com cartões de crédito (Pasanheco/Envato/Reprodução)
As corretoras de criptomoedas têm buscado cada vez mais diversificar a oferta de serviços que oferecem aos seus clientes, indo desde novas opções de investimentos ligados à tecnologia blockchain até funcionalidades já conhecidas no mercado tradicional. E uma das alternativas com mais adesão recentemente é a opção de criar um cartão de crédito vinculado diretamente a uma conta na empresa.
Algumas das principais corretoras do mercado lançaram nos últimos anos essa funcionalidade. É o caso da Crypto.com, da Binance, da Blockchain.com, da Gemini, da Bitfinex e da Bitso, além da argentina Ripio, que escolheu o Brasil para estrear o seu Ripio Card em 2022. Agora, o produto chega também ao país natal da exchange, indicando a estratégia da empresa de expandir o acesso a cartões de crédito para seus clientes.
Em entrevista exclusiva à EXAME, Juan Jose Mendez, chief brand officer da Ripio, observa que o cartão terá as mesmas características no Brasil e no Argentina: ele será pré-pago, com aceitação internacional e em lojas físicas e online, com a opção dos usuários pagarem as compras em criptomoedas, que então são convertidas pela corretora para a moeda local. Ele também conta com a opção de ter um cashback de 5% na stablecoin cReal no Brasil e de 3% em USDC na Argentina.
Assim como no Brasil, o lançamento é uma parceria da Ripio com a Visa - uma das empresas líderes na área de pagamentos - e com a Pomelo, especializada em criar soluções para o desenvolvimento de cartões e contas por empresas que não sejam necessariamente um banco. O objetivo da novidade é "a expansão de nossos produtos e serviços nos países onde a empresa já atua".
"O Ripio Card vai ao encontro do nosso objetivo de conectar a nova economia digital, que traz as criptomoedas ao mundo das finanças tradicionais e ao mercado de pagos, por exemplo, com muito mais facilidade e simplicidade, principalmente para os usuários que nunca tiveram contato com o ecossistema cripto", explica Mendez.
A ideia é que tanto usuários que já negociam criptoativos quanto os interessados em começar nessa área possam usar o cartão de crédito, que é diretamente conectado à carteira do cliente na exchange. Ele diz ainda que o projeto faz parte de um desejo da empresa de que o ecossistema cripto "esteja cada vez mais presente na rotina das pessoas e que as transações envolvendo as criptomoedas ocorram de forma muito mais natural".
Para Mendez, é natural que os produtos voltados ao mercado cripto sejam "cada vez mais frequentes e inovadores" conforme o ecossistema vai ganhando mais notoriedade e adesão a nível mundial. Ele destaca ainda que o Ripio Card tem sido "muito bem aceito pelos usuários em virtude de diversos benefícios e facilidades", o que reforça o potencial dessa funcionalidade.
Na visão do executivo da Ripio, iniciativas como o lançamento de cartões de créditos faz parte de um esforço para "desmistificar" o mundo das criptomoedas para as pessoas que ainda não possuem muito conhecimento sobre o tema e ajudar na adesão maior a esse setor, de forma a "apresentar seus principais benefícios e atrativos, mas principalmente tornar o ecossistema cripto mais presente na rotina das pessoas".
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