Corretora de criptomoedas planeja lançar banco próprio nos EUA (Reprodução/Reprodução)
Repórter do Future of Money
Publicado em 7 de março de 2023 às 11h24.
A Kraken, uma das principais corretoras de criptomoedas dos Estados Unidos, recebeu a primeira autorização do tipo no país para abrir um banco focado em diversas operações envolvendo ativos digitais. Apesar do seu lançamento, previsto para 2022, ter sido adiado, a exchange afirmou na segunda-feira, 6, que ele "está a caminho".
O Kraken Financial, ou Kraken Bank, será sediado no estado de Wyoming, que ficou conhecido por adotar uma legislação mais amigável a projetos cripto. A licença concedida foi a primeira para o estabelecimento de um banco voltado exclusivamente para o setor.
De acordo com a Kraken, o banco terá supervisão da Divisão Bancária de Wyoming. Ele oferecerá diversos produtos ligados a criptomoedas, incluindo contas para depósitos em dólar ou em criptoativos, opções de pagamento e de crédito e produtos de custódia institucional.
Inicialmente, o Kraken Bank ficará disponível apenas para cidadãos dos Estados Unidos, mas há a possibilidade de uma expansão dos serviços para outros países no futuro. A exchange também garantiu que o banco terá todas as reservas correspondentes aos depósitos de clientes.
A corretora de criptomoedas também garantiu aos seus clientes que planeja opera de forma "segura", priorizando a proteção dos fundos dos seus clientes e seguindo o "cenário regulatório" dos Estados Unidos para o segmento.
O avanço da iniciativa da Kraken ocorre em meio à crise do Silvergate Bank, que era considerado até poucos dias o banco mais amigável ao setor cripto nos Estados Unidos. A instituição era uma das mais usadas por exchanges e outras empresas para realizar a conversão de quantias de criptomoedas por dólar.
Na segunda-feira, 6, o banco anunciou que vai descontinuar sua rede de pagamentos com criptomoedas sob a justificativa de que se trata de uma "decisão baseada em [avaliações de] risco". A medida ocorre depois que as ações da instituição caíram mais de 59% nos últimos cinco dias devido a temores de uma possível falência iminente.
O banco também está enfrentando ações coletivas por conta de seu relacionamento com a corretora falida FTX e a Alameda Research. Nesse cenário, alternativas como a da Kraken podem ganhar força, já que o fim das operações do Silvergate no setor cripto tende a deixar um espaço e reduzir as opções de empresas que buscam parceiros nas operações em dólar.
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