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(Tomaz Silva/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 10 de março de 2025 às 09h30.
Última atualização em 10 de março de 2025 às 10h39.
Os Correios pretendem adotar soluções baseadas em blockchain para o setor de encomendas e entregas no Brasil e para isso, iniciaram um processo de licitação para contratar empresas especializadas em blockchain e inteligência artificial.
O objetivo é modernizar o rastreamento de encomendas e aumentar a transparência nos serviços postais. O edital, disponível desde sexta-feira, 7, permite inscrições a partir desta segunda-feira, 10, com prazo final em 11 de abril de 2025.
Entre as prioridades estão a descentralização das operações e a adoção de contratos inteligentes (smart contracts) para suprimentos. Além disso, a estatal busca criar uma carteira de fidelização para clientes frequentes, usando blockchain.
Três desafios orientam as propostas das empresas. O primeiro exige soluções para otimizar processos de suprimentos com IA e blockchain. O segundo propõe a gestão segura de endereços e programas de fidelidade. Já o terceiro desafio foca em melhorias na logística, desde o pedido até a entrega.
Vale destacar que a licitação é apenas uma fase de pré-seleção. Chamada de Diálogo com os Correios, ela filtrará empresas aptas para a etapa final. Contudo, a estatal ressalta que não há obrigação de contratar os vencedores.
Embora serviços postais estatais ainda não tenham adotado amplamente o blockchain, grandes transportadoras privadas já exploram os benefícios dessa tecnologia para aumentar a transparência e a eficiência no setor.
Entre as gigantes que investem em blockchain na logística, destacam-se DHL, FedEx e UPS. Essas empresas vêm testando e implementando sistemas que garantem rastreabilidade imutável, redução de fraudes e melhoria na eficiência operacional.
DHL: A empresa desenvolveu uma solução baseada em blockchain para rastrear remessas farmacêuticas, garantindo que medicamentos não sejam adulterados e mantendo a integridade da cadeia de suprimentos.
FedEx: A transportadora integrou blockchain em seu sistema para resolver disputas de clientes de forma mais transparente e confiável.
UPS: A companhia utiliza blockchain para aprimorar a gestão de contratos e rastreamento de remessas internacionais, reduzindo burocracias e melhorando a segurança.
A Maersk, líder global no setor de transporte marítimo e logística, também adotou blockchain para rastrear cargas e otimizar processos aduaneiros. Em parceria com a IBM, a Maersk criou o TradeLens, um sistema baseado em blockchain para rastrear contêineres em tempo real. Com essa inovação, empresas de logística, alfândegas e portos podem compartilhar informações de forma segura e transparente.
Com isso, a Maersk reduz custos operacionais, acelera o desembaraço de mercadorias e contribui para um comércio exterior mais eficiente e confiável.
Além da inovação no transporte marítimo, no Brasil o B-Connecta, desenvolvido pelo Serpro com a Receita Federal, usa blockchain para unificar os processos aduaneiros de países do Mercosul.
O sistema permite que países latino-americanos compartilhem informações aduaneiras de forma segura e descentralizada, evitando fraudes e garantindo maior transparência na importação e exportação de produtos.
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