Future of Money

Carteiras com bitcoin acumulado atingem maior número da história em meio a crise bancária

Métrica é considerada um sinal de "aposta" de investidores em uma possível valorização mais intensa do ativo

Bitcoin tem sido beneficiado por fluxo comprador (Reprodução/Reprodução)

Bitcoin tem sido beneficiado por fluxo comprador (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 13 de março de 2023 às 10h42.

Última atualização em 13 de março de 2023 às 11h18.

O bitcoin atingiu no último domingo, 12, um recorde histórico em um indicador que costuma chamar a atenção do mercado para determinar possíveis movimentos futuros de valorização da maior criptomoeda do mercado. O marco foi conquistado mesmo em meio a uma crise bancária nos Estados Unidos que reverberou no setor cripto.

De acordo com dados da plataforma de inteligência de mercado Glass Node, o número de endereços em blockchains com bitcoin acumulado atingiu o maior valor da história, com 804.158. A métrica vem sendo superada dia após dia desde o início de 2023, quando iniciou uma tendência de alta.

Entretanto, o acúmulo da criptomoeda acelerou desde o início de fevereiro. Entre 26 de dezembro de 2022 e 26 de janeiro de 2023, o número de contas chegou a cair de 788 mil para 787 mil. Já entre 1º de fevereiro e 1º de março, subiu de 788 mil para 794 mil.

Considerando apenas o intervalo entre 1º de março e 12 de março, a alta foi ainda mais vertiginosa: de 794 mil para o recorde de 804 mil. A Glassnode considera que um endereço "acumulador" de bitcoin nunca chegou a gastar a criptomoeda após a sua aquisição, mas permanece ativo.

A métrica é considerada importante porque indica uma espécie de "aposta" por parte dos investidores de que o ativo tende a valorizar mais no médio e longo prazo, e também pode indicar a expectativa de um possível rali de compras nos próximos meses que valorizaria a criptomoeda.

Na semana passada, o bitcoin chegou a ter uma forte desvalorização e caiu abaixo do patamar de US$ 20 mil devido à combinação dos efeitos da falência de bancos amigáveis a criptomoedas nos Estados Unidos e uma postura mais dura do Federal Reserve em relação ao ciclo de alta de juros no país.

Entretanto, os problemas bancários acabaram afetando principalmente as stablecoins, criptomoedas pareadas a outro ativo, e levaram a uma busca por outros criptoativos, caso do bitcoin e do ether. Além disso, as autoridades americanas anunciaram uma ajuda para os clientes do Silicion Valley Bank, uma das instituições ligadas ao mercado cripto que faliram.

Com isso, a maior criptomoeda do mercado se afastou do desempenho registrado entre a quinta-feira, 9, e a sexta-feira, 10, quando chegou a ter a pior performance desde a crise da FTX. Nesta segunda-feira, 14, ela opera em alta de 9,9% e está cotada a US$ 22,45 mil, de acordo com dados do CoinGecko.

Sabia que você pode investir em bitcoin, ether, Polkadot e muitas outras moedas digitais direto no app da Mynt? Comece com R$ 100 e com a segurança de uma empresa BTG Pactual. Clique aqui para abrir sua conta gratuitamente.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | TikTok

Acompanhe tudo sobre:BitcoinCriptomoedasCriptoativos

Mais de Future of Money

ETF de bitcoin da BlackRock já é maior que os 2,8 mil ETFs lançados nos últimos 10 anos

Bilionários do bitcoin lucram R$ 46,2 bilhões em uma semana com disparada após eleição de Trump

Bitcoin pode chegar a US$ 500 mil e "está só no início", projeta gestora

FBI inspeciona casa de fundador do Polymarket e apreende celular e outros eletrônicos