Relatório aponta que a eficiência da mineração de bitcoin aumentou 23% no comparativo anual e 5.814% nos últimos oito anos (Bloomberg/Getty Images)
Cointelegraph Brasil
Publicado em 19 de outubro de 2022 às 14h00.
Última atualização em 19 de outubro de 2022 às 15h10.
A rede Bitcoin teve um aumento de 41% no consumo de energia nos últimos 12 meses, apesar das melhorias dramáticas na eficiência energética partindo de uma combinação de fontes mais diversificadas e sustentáveis, levantando preocupações de que o aumento possa fazer com que os reguladores reprimam a mineração de criptomoedas.
Os dados foram divulgados em um relatório do terceiro trimestre de 2022 do Conselho de Mineração do Bitcoin (BMC, na sigla em inglês), que representa 51 das maiores empresas de mineração da criptomoeda ao redor do mundo.
O relatório apontou que a mineração de bitcoin consome 0,16% da produção global de energia, um pouco menos do que a energia consumida por jogos de computador, de acordo com o BMC — considerada “uma quantidade inconsequente de energia global”.
A mineração da criptomoeda foi responsável por 0,10% de todas as emissões de carbono do mundo, quantia que o BMC chama de “insignificante”.
O aumento no consumo de energia pelo bitcoin ocorre depois que a taxa de hash — indicando o grau de complexidade do processo — da rede aumentou 8,34% no terceiro trimestre de 2022 e 73% no comparativo ano a ano, apesar da produção de menos blocos e da queda nos preços.
A empresa de análise de dados Glassnode acredita que o "aumento da taxa de hash se deve ao hardware de mineração mais eficiente que está online e/ou mineradores com balanços patrimoniais superiores respondendo por uma parcela maior do poder de hash da rede".
O relatório também diz que a eficiência da mineração de bitcoin aumentou 23% no comparativo anual e 5.814% nos últimos oito anos. Entretanto, os novos aumentos no consumo geral de energia podem atrair a ira dos reguladores que examinam o problema.
Na terça-feira, 18, a União Europeia divulgou documentos delineando um plano de ação para implementar o Acordo Verde Europeu e o Plano REPowerEU. Ambos planejam ficar de olho nas atividades de mineração de criptomoedas e de seus efeitos ambientais.
O European Blockchain Observatory and Forum (EUBOG) também sugeriu que o bloco adote medidas de mitigação para diminuir os impactos adversos no clima causados pelo setor de ativos digitais.
Essa sugestão já foi implementada até certo ponto, com a União Europeia pedindo que seus Estados-membros “implementem medidas direcionadas e proporcionais para reduzir o consumo de eletricidade dos mineradores de criptoativos” para minimizar o corte severo do fornecimento de energia imposto pela Rússia.
A pressão por uma regulamentação mais rígida ocorre apesar do bloco ter rejeitado em março uma proposta que teria imposto uma proibição total da mineração de bitcoin e outras criptomoedas no continente.
Nos Estados Unidos, os movimentos regulatórios parecem estar um passo atrás em relação à União Europeia.
Em setembro, o Escritório de Ciência da Casa Branca publicou um documento de 46 páginas que analisava as implicações climáticas e energéticas da mineração de criptoativos como o bitcoin. No entanto, conclusões mistas foram alcançadas e nenhum plano significativo está em andamento ainda.
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