Nos últimos anos, quem deixou suas economias na poupança acabou perdendo dinheiro (Unsplash/Divulgação)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 13 de outubro de 2021 às 12h28.
Última atualização em 14 de outubro de 2021 às 11h04.
A caderneta de poupança é, com ampla vantagem, o investimento preferido dos brasileiros. O que muitos deles não sabem é que, nos últimos anos, quem deixou suas economias na poupança acabou perdendo dinheiro — e que outras opções disponíveis para todo tipo de investidor poderiam oferecer ganhos muito maiores.
Segundo a Associação Nacional das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), mais de 30 milhões de pessoas ainda investem suas economias neste que é considerado por muitos como um "porto seguro" para seu dinheiro. Só que, em 2019 e em 2020, a caderneta de poupança teve ganho real negativo. Com a inflação acima do rendimento, quem deixou seu patrimônio nesse tipo de investimento perdeu dinheiro.
“Nós vivemos em um país com um nível muito baixo de educação financeira, é um tema que não tratamos na escola, e juntando isso com a desigualdade, os investimentos acabam ficando em segundo plano no dia a dia do brasileiro comum. A expectativa é que a internet e uma maior conscientização facilitem esse acesso à informação”, afirma Lucas Costa, Analista Técnico no BTG Pactual digital
Em 2019, por exemplo, a poupança teve rendimento de 4,26%. Já a inflação ficou em 4,31% no mesmo período. Ou seja, quem investiu R$ 10 mil na poupança no início do ano, fechou 2019 com R$ 10.426. Apesar de parecer rentável, descontada a inflação, este investidor perdeu poder de compra e, no fim das contas, perdeu dinheiro!
Em 2020, os números foram ainda mais desfavoráveis. Os mesmos R$ 10 mil investidos no início do ano teriam se transformado em apenas R$ 10.211, com rendimento de 2,11% ao longo do ano. A inflação, entretanto, ficou em 4,52%, o que faz com que o ganho real dos investidores da poupança tenha sido na verdade um prejuízo, de -2,41%.
No mesmo período, um outro tipo de investimento teria transformado os mesmos R$ 10 mil em R$ 55.850 - um lucro de 458%, ou mais de 5,5 vezes o valor investido. O ganho, neste caso, foi 217 vezes maior do que a inflação registrada no período.
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Esses números ilustram como é importante estar atento aos seus investimentos e em busca das formas mais rentáveis e seguras de investir. Especialmente agora, em que a previsão para a inflação anual de 2021 é de 8,5% — certamente muito acima do que vai render a poupança, que até setembro acumulava rendimento de apenas 1,79% contra 7,26% da inflação.
A importância da diversificação
Você já deve ter ouvido falar no ditado que diz "nunca coloque todos os ovos na mesma cesta", certo? Essa frase deveria ser o mantra de qualquer investidor, seja um pequeno investidor, que economiza e investe um pouquinho quando pode, até os maiores, que investem milhões.
Colocar suas economias em diferentes tipos de investimentos é essencial para proteger as suas economias. Por exemplo, você lembra quando o governo Collor confiscou a poupança de milhões de brasileiros no início dos anos 90? Já imaginou se lá estivessem todas as suas economias?
E não é só sobre a poupança, não. Quem deixou todo o dinheiro na bolsa de valores, por exemplo, perdeu mais de 40% quando a pandemia do coronavírus teve o seu primeiro impacto no Brasil, em março do ano passado.
Já o CDI, taxa base para outro investimento queridinho dos brasileiros - o CDB - teve alta de apenas 2,75% em 2020. Mesmo em um CDB que paga muito acima do CDI, o valor ainda seria pouco significativo — um CDB que paga 150% do CDI, por exemplo, teria alta acumulada de 4,15% no ano — o que significa que R$ 10 mil se transformaria em R$ 10.041,50 no final do ano.
Ao diversificar seus investimentos, e isso vale até mesmo para quem tem pouco dinheiro investido, você busca formas de se proteger contra a queda de um ou mais deles, buscando refúgios que podem proteger o seu dinheiro quando algum (ou alguns) do seus investimentos perder valor.
Só que, além de proteger contra quedas, a diversificação pode te ajudar a maximizar o rendimento do seu dinheiro, afinal, é muito mais fácil acertar um alvo dando vários tiros do que apenas um só, certo? Ao investir em diferentes produtos, a chance de acertar aquele cujo valor vai se multiplicar aumenta consideravelmente.
“Hoje em dia, investir na poupança significa perda de poder de compra. A diversificação é importante para a construção de um patrimônio sólido e adequado para o perfil de cada indivíduo”, afirma Costa, do BTG Pactual.
O investimento do futuro
Lembra do exemplo citado sobre um tipo de investimento que rendeu mais de 458% em 2020? Trata-se do bitcoin, a criptomoeda mais famosa do mundo.
E se engana quem pensa que o "bonde" do bitcoin já passou: ele segue valorizando. Só em 2021, já são mais de 65% de ganhos. Ainda dá tempo de aproveitar a alta do bitcoin, mas essa oportunidade, claro, não vai durar para sempre.
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Ainda naquele exemplo dos R$ 10 mil investidos no início de 2020, quem comprou bitcoin com esse valor e ainda não vendeu seus ativos tem hoje o equivalente a mais de R$ 85.600! Incrível, né? Mas você já pensou que quem comprou os mesmos R$ 10 mil apenas um ano antes, em janeiro de 2019, teria hoje mais de R$ 190 mil?
Esses números mostram que, por ser uma tecnologia nova e um mercado muito recente, ainda dá para se aproveitar do crescimento das criptos, mas, mais do que nunca, tempo é dinheiro. E, eventualmente, esse "bonde" um dia vai passar.
E, claro, a ideia não é apostar tudo neste setor. A proporção depende de fatores como sua propensão a riscos e seus planos para suas economias. O importante é diversificar.
Pense, por exemplo, em quem investiu R$ 5 mil na poupança e R$ 5 mil em bitcoin no início de 2020. No fim do ano, o dinheiro da poupança aumentou para R$ 5.106 e o do bitcoin para R$ 27.900. No total, os R$ 10 mil se transformaram em R$ 33.006 — mais de 3,3 vezes o valor investido.
Descontada a inflação de 4,52% do período, ainda se trata de um lucro gigantesco, ao contrário de quem deixou todo o dinheiro na caderneta de poupança. E isso sem correr tantos riscos, já que não foi necessário investir tudo em bitcoin.
O bitcoin não está sozinho
Segundo maior ativo digital do mundo, o ether, a criptomoeda da rede Ethereum, subiu 627% em 2020, quando seu preço passou de R$ 550 para R$ 4 mil. E, neste ano, a alta continua: o preço do ativo já saltou de R$ 4 mil para R$ 18.500 desde o início de 2021.
Isso mostra que, apesar de ser a maior criptomoeda do mundo, o bitcoin não está sozinho neste setor. Várias outras criptomoedas também podem estar na sua carteira de investimentos. Podem, não... devem!
Lembra do princípio da diversificação? Ele também vale dentro de um mesmo setor.
Então vamos a um novo exemplo. No início de 2020, você aplica R$ 5 mil na poupança, R$ 3 mil em bitcoin e R$ 2 mil em ether. Sabe quanto você teria no começo de 2021? R$ 36.391 — ainda mais do que investindo apenas na poupança e no bitcoin, como no nosso exemplo anterior. Viu como é importante diversificar?
Como investir em cripto
Ao contrário do que muitos imaginam, as criptomoedas não são pirâmides financeiras e o bitcoin não é um golpe. Elas podem, claro, ser usadas por pessoas ou empresas mal intencionadas, mas o mesmo também acontece com o dinheiro, com o ouro e com tantas outras classes de investimento. O importante é saber como e com quem investir.
Por exemplo, se você quiser investir em ouro, você não vai comprar o metal precioso com qualquer um, certo? Você vai procurar uma maneira de fazer isso com segurança, buscando um veículo que tenha credibilidade e transmita confiança. Isso vale para as criptomoedas.
As criptomoedas podem ser transferidas de uma pessoa para outra, como se fosse uma transferência bancária — a tecnologia por trás das criptomoedas, aliás, é uma inspiração e referência para o Pix. Mas, se você investir dessa forma, estará sujeito a riscos. Por exemplo, quem vai enviar o dinheiro primeiro? Quem compra ou quem vende? E quem garante que, depois de transferir os seus reais, a pessoa vai transferir os seus bitcoins?
Além disso, ainda existem dificuldades técnicas. Para transações de uma pessoa para outra, conhecida como transações ponto a ponto, ou P2P, é preciso lidar com carteiras de criptoativos e suas respectivas chaves privadas, que, uma vez perdidas, vão impedir que você tenha acesso ao seus próprios fundos.
Por isso, o caminho mais fácil para investir em criptoativos é através de veículos regulados, acompanhados de perto por órgãos como a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e o Banco Central.
Fundos de investimento e ETFs são boas opções — você tem a segurança dos produtos regulados e não precisa lidar com carteiras cripto e outros requisitos técnicos. No entanto, esse tipo de produto cobra taxas, muitas vezes elevadas.
Considerando tudo isso, fica fácil dizer que a melhor opção é o investimento direto. Na Mynt, por exemplo, uma plataforma de investimento em criptomoeda que foi recém-lançada pelo BTG Pactual, o maior banco de investimentos da América Latina, em breve você poderá comprar bitcoin e ether pelos aplicativos do próprio banco.
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Ou seja, você poderá investir uma parte do seu portfólio na classe de ativos que mais valorizou nos últimos anos com a confiança e o atendimento premiado do BTG Pactual, sem ter que lidar com novas plataformas, novas senhas, riscos desnecessários e outros problemas.
Cripto na carteira
A palavra-chave para os seus investimentos deve ser equilíbrio, especialmente entre risco e recompensa, e a diversificação é ponto fundamental para chegar lá. Como não existe investimento com retorno garantido, tampouco investimento sem nenhum tipo de risco — e a poupança é prova disso, como mostra o confisco dos anos 90 — é importante estar preparado para diferentes situações.
E não importa qual o seu perfil de investidor: diversifique. Espalhe as suas economias por diferentes produtos de investimentos, seja na poupança, em CDBs, metais preciosos como ouro e prata, ações... opções não faltam. E o mercado cripto, quando adotado através de uma empresa segura e confiável como a Mynt, do BTG Pactual, deve ser uma delas.
Investir em cripto, claro, também tem riscos: é um investimento de renda variável, em uma tecnologia ainda muito nova e que ninguém sabe exatamente onde pode chegar. Com equilíbrio e diversificação, você não pode deixar esse "bonde" passar.
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