Repórter do Future of Money
Publicado em 9 de outubro de 2024 às 10h55.
Última atualização em 9 de outubro de 2024 às 10h58.
Depois de uma queda generalizada com o ataque de mísseis do Irã contra Israel na última semana, o bitcoin e as principais criptomoedas sinalizam recuperação, mas o setor ainda sofre com a incerteza dos conflitos geopolíticos.
Enquanto especialistas em relações internacionais acreditam que uma escalada de conflito entre Israel e Irã é “inevitável”, outros fatores podem impactar positivamente as criptomoedas, tornando o cenário positivo.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 61.909, com queda de 1,4% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. Nos últimos sete dias, no entanto, a maior criptomoeda do mercado acumula alta de 2%.
De acordo com Lucas Josa, especialista em criptoativos do BTG Pactual, a região de US$ 60.700 é um suporte “muito forte” para o bitcoin, “caso nada aconteça no cenário macro e nos conflitos do Oriente Médio”, disse ele no último Morning Call Crypto da Mynt, a plataforma de criptoativos do BTG Pactual.
Neste momento de incerteza, investidores apresentam sentimento “neutro”. O Índice de Medo e Ganância, conhecido por medir o sentimento do mercado cripto, sinaliza neutralidade em 41 pontos nesta quarta-feira, 9.
Lucas Josa também apontou no Morning Call Crypto que a adoção institucional do bitcoin continua forte e pode impactar positivamente o preço da criptomoeda.
“Tivemos um fluxo grande de entradas nos ETFs de bitcoin, o que mostra que o mercado está bem sensível na perspectiva de que alguma coisa melhorou no cenário macro, mostra que o institucional tem bastante interesse por esses ativos. Ainda não começamos a ver uma demanda mais forte por esses ETFs, ainda tem um novo ciclo e um fluxo que deve vir muito mais forte com o corte na taxa de juros dos EUA”, disse ele.
“Os players institucionais estão olhando para isso, temos alguns players que possuem montantes muito grandes investidos em ETFs de ouro e agora estão diversificando essa posição comprando bitcoin, o que eu acho muito positivo para a indústria como um todo. Agora que tivemos o corte na taxa de juros, vamos começar a ver esse dinheiro entrando não apenas através dos ETFs e produtos convencionais, muito provavelmente veremos novas coisas entrando, seja através de fundo de venture capital ou até mesmo posição direta no mercado, principalmente com a regulação avançando nos EUA”, acrescentou.
No Brasil a adoção institucional de criptomoedas também é uma tendência observada pelo recente estudo da Chainalysis.
“A notável recuperação da atividade institucional em criptoativos no Brasil pode ser parcialmente atribuída à evolução regulatória e à entrada de instituições americanas no mercado de criptomoedas, especialmente com o lançamento de ETFs de bitcoin e ether”, disse André Portilho, head de Digital Assets do BTG Pactual, na pesquisa “2024 Geography of Cryptocurrency Report” da Chainalysis.
Também nesta quarta-feira, 9, um documentário da HBO apontou Peter Todd, um desenvolvedor de 39 anos, como o criador anônimo do Bitcoin. Conhecido pelo pseudônimo “Satoshi Nakamoto”, o criador do Bitcoin permaneceu desconhecido por mais de uma década e meia e sua carteira, atualmente desativada, possui grande parte dos bitcoins já minerados. No entanto, Todd nega ser Satoshi Nakamoto.
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