Brasileiros são as maiores vítimas mundiais de ataques para obtenção de dados pessoais (Oliver Nicolaas Ponder / EyeEm/Getty Images)
Os brasileiros ainda possuem algumas dificuldades para proteger seus dados na internet. É o que aponta uma pesquisa divulgada pela empresa de consultoria Kaspersky nesta terça-feira, 3. Segundo o levantamento, 35% dos entrevistados não sabe como garantir a segurança de informações pessoais online.
De acordo com a empresa, essa falta de conhecimento "potencializa o roubo de dados e senhas pelos cibercriminosos". Outro levantamento aponta que os brasileiros são as maiores vítimas mundiais de ataques para obtenção de dados pessoais, o chamado phishing, prática que pode ser evitada com a devida proteção.
Mas, além do phishing, existem formas ainda mais complexas de obter dados pessoais de uma pessoa. Há, por exemplo, ações de hackers, além do envio de programas maliciosos e vírus para extrair dados como senhas de e-mail, banco e rede sociais.
A pesquisa da Kaspersky mostra ainda que 96% dos usuários compartilham informações digitalmente, o que ao mesmo tempo facilita a realização de golpes e reforça a necessidade de aumentar a proteção no mundo digital.
"Entre as consequências do roubo de senhas e dados confidenciais, os especialistas citam a venda dessas informações na Darknet e usa delas para abrir cadastros indevidos em plataformas ou em fraudes reais -- isso evidencia que os impactos de um golpe digital afetam tanto a vida offline como a digital das vítimas", destaca a empresa. Confira algumas dicas para evitar esses casos e se proteger mais na internet!
Uma das melhores medidas para ter uma segurança maior no mundo digital é criar uma senha forte para todas as contas que são criadas em diferentes plataformas. A consultoria observa que "quem cria senhas complexas têm contas mais seguras, mas ao mesmo tempo, tendem também a esquecê-las com mais frequência".
Isso ocorre porque uma senha forte costuma ter combinação aleatórias de letras minúsculas e maiúsculas, números e símbolos, indo muito além do "12345" ou da data de aniversário de alguém.
Por isso, a recomendação é usar serviços de gestão de senhas. Disponíveis em sites e aplicativos, eles permitem não apenas criar senhas fortes e únicas, mas também armazená-las, facilitando a consulta quando necessário. Para isso, é preciso ter uma senha principal para liberar essas informações, idealmente sem usá-la em outros lugares.
A Kaspersky também recomenda sempre optar pela chamada autenticação de dois fatores, ou etapas. Nela, um usuário precisa digitar a senha que escolheu e, além disso, passar por uma outra camada de segurança, como o uso de código recebido no celular.
"Ao utilizar este método, os golpistas não poderão entrar nas contas online sem ter acesso ao segundo código, que pode ser enviado via SMS, gerado em app de autenticação ou se um segundo código mesmo", destaca a empresa.
Além disso, a consultoria observa que a autenticação em duas etapas serve como uma camada extra de proteção caso ocorra um vazamento de senhas, como quando um site é hackeado, já que mesmo assim os hackers não conseguirão usar a informação para acessar outros lugares.
Outra dica da consultoria é sempre buscar saber se as senhas usadas em diferentes serviços foram comprometidas de alguma forma, como quando ocorrem vazamentos. Além de evitar surpresas, a verificação permite trocar senhas comprometidas, garantindo uma proteção maior.
"Uma das formas de verificar o status da senha é utilizar funcionalidades em soluções de cibersegurança. Existem serviços online que acompanham a Internet e a darkweb para avisar se seus dados privados foram comprometidos e fornecer recomendações sobre o que fazer a seguir", explica a Kaspersky. Um deles é o Password Checker.
Existem ainda aplicativos que buscam implementar medidas para proteger mais os dados dos seus usuários. Uma opção que ficou popular nos últimos anos é o Signal, que inclui criptografia de ponta a ponta para evitar acessos externos a mensagens e uma senha específica, um PIN, para recuperação de perfil e outras configurações.