Metaverso combina tecnologias como a realidade virtual (Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 28 de novembro de 2023 às 11h31.
O Comitê do Parlamento da União Europeia para Proteção de Consumidores e Mercado Interno aprovou um relatório nesta terça-feira, 28, que defende a criação de uma "estratégia para o metaverso" como forma de preparar o bloco para o tema e reduzir a dependência tecnológica de outros países.
De acordo com os parlamentares, o bloco formado por 27 países europeus deveria "assumir a liderança" no desenvolvimento do metaverso como uma forma de incentivar os negócios europeus e reduzir dependências tecnológicas de outras nações, como os Estados Unidos e a China.
Nesse sentido, o relatório avalia oportunidades, riscos e implicações políticas e regulatórias do desenvolvimento de "mundos virtuais". O metaverso é definido pelos autores como uma "coleção de mundos virtuais" que representariam o futuro da internet como um ambiente compartilhado, interativo e potencialmente imersivo.
Em julho, o órgão executivo da União Europeia - a Comissão Europeia - já havia divulgado planos envolvendo a realidade virtual. À época, não foram propostas leis, mas sim uma opinião de que é preciso supervisionar o desenvolvimento dessa tecnologia a partir de novos padrões e uma governança global.
Ao mesmo tempo, a definição de metaverso apresentada pela Comissão - "ambientes persistentes, imersivos e baseados em tecnologias 3D e de realidade estendida" - diverge da adotada pelos parlamentares. O relatório critica ainda a falta de projetos sobre o tema no bloco.
Segundo os parlamentares, até o momento o desenvolvimento de projetos ligados ao metaverso está restrito a "algumas empresas sediadas fora da União Europeia, que possuem os recursos e capacidades financeiras necessárias" para financiar essas operações.
"A Europa não pode permitir-se ficar para trás na próxima revolução digital, nem podemos repetir os erros do passado. À medida que avançamos para a Web4, com o desenvolvimento de mundos virtuais, temos de estabelecer uma base, enraizada em fortes regras digitais da UE, princípios orientadores e valores", defende o relatório.
Para isso, os parlamentares defendem que é preciso "promover condições de concorrência equitativas para reforçar as empresas europeias", criando um projeto de regulação sustentável e envolvendo o engajamento com outros países.
"Os riscos relacionados com a saúde mental, a proteção de dados, a proteção do consumidor e a ciberviolência têm de ser abordados", defende ainda o texto.
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