Bitcoin, ether e as principais criptomoedas podem continuar subindo em novembro (Andriy Onufriyenko/Getty Images)
Em outubro, as principais criptomoedas apresentaram alta significativa. O alívio após meses de queda generalizada veio, principalmente, de uma melhora no cenário macroeconômico. Agora, com um intenso fluxo de capital de compra e acumulação, o bitcoin e as principais criptomoedas podem continuar subindo em novembro.
Segundo um levantamento mensal da BitPreço, a oportunidade de investimento e acumulação deve continuar no próximo mês.
O documento compara o desempenho do bitcoin e ether, criptomoeda nativa da rede Ethereum, a partir da análise de negociações em sua plataforma.
A plataforma da BitPreço reúnde as 28 principais corretoras que atuam no mercado brasileiro.
O bitcoin, cotado a US$ 20.545, apresenta alta de 7,13% nos últimos 30 dias, segundo dados do CoinMarketCap. Em reais, o valor é de aproximadamente R$ 106.111.
“A lateralização e a queda lenta que já vinham tornando amarga a vida dos investidores há alguns meses deu espaço para um otimismo ainda que tímido. O preço médio diário foi de R$ 104.265,86. Ou seja, quem comprou abaixo desse preço em outubro fez um negócio ainda melhor, já que adquirir bitcoin, por si só, já é uma ótima escolha”, comentou Israel Buzaym, head de comunicação da BitPreço.
Conhecido como “uptober”, um trocadilho em inglês para “october”, “outubro” e “up”, “alta”, o último mês é historicamente positivo para o bitcoin e as principais criptomoedas.
O ether, segunda maior criptomoeda do mundo, apresenta altas ainda mais significativas. Cotado a US$ 1.595, o ativo subiu cerca de 23% no mesmo período, segundo dados do CoinMarketCap. Em reais, o valor é de aproximadamente R$ 8.240.
“No caso do ether, a queda foi ainda maior: cerca de 54,70% abaixo em relação a setembro, passando a 9.453,42 unidades. O valor médio ficou em R$ 7.279,97”, aponta o levantamento.
Apesar das quedas dos últimos meses, que acumulam quase 60% em 2022, as perspectivas para o bitcoin são positivas, na avaliação de Israel Buzaym.
O otimismo de investidores se deve principalmente ao fato de que o banco central norte-americano pode reduzir suas políticas monetárias contra a inflação no país, que chegou a bater recordes no início do ano.
Conforme a inflação apresente queda, aumentos maiores na taxa de juros dos EUA podem não ser mais necessários. Historicamente, o aumento na taxa de juros do país apresenta efeitos negativos na cotação dos principais ativos de risco, como ações e criptomoedas, tornando a renda fixa mais atraente.
“O bitcoin continua tendo as mesmas características que dão valor a ela, com destaque para a escassez programada e para a não-sujeição aos efeitos de políticas monetárias inflacionárias”, menciona Buzaym, citando a principal criptomoeda.
“Indicadores on-chain, isto é, insights retirados a partir de dados da rede Bitcoin, mostram que as conhecidas carteiras de baleias continuam acumulando a criptomoeda. Além disso, métricas públicas das corretoras internacionais têm mostrado um intenso fluxo de capital de compra (moeda corrente e stablecoins) entrando nas corretoras”, explica.
O nome “baleias” é utilizado para se referir aos maiores investidores do setor, que movimentam grandes quantias de criptomoedas.
Para o mês de novembro, de um ponto de vista mais técnico, Buzaym espera um mês ainda conservador, mas com o mesmo otimismo visto em outubro. Para ele, desde que o cenário macroeconômico melhore, ou pelo menos permaneça como está, o investidor de cripto deve voltar a fazer aportes para aproveitar o preço baixo para acumulação.
“O risco de quedas mais acentuadas fica por conta da correlação com o mercado financeiro tradicional: se houver queda forte nas bolsas americanas, as ações e a renda variável como um todo devem sofrer e, claro, as criptomoedas - ainda mais voláteis - devem seguir o movimento de baixa. Isso pode acontecer, como aprendemos nos últimos anos, como resultado de qualquer evento de incerteza global”, analisa.
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