Future of Money

Cofundador da rede Ethereum diz que cripto é arma mais poderosa da Ucrânia

CEO da Consensys, Joseph Lubin falou sobre uso de criptomoedas na Ucrânia após a invasão do país pela Rússia e vê fato como fundamental para futuro dos ativos digitais

Joseph Lubin é cofundador da Ethereum e CEO da empresa de infraestrutura para blockchain ConsenSys (S3studio/Getty Images)

Joseph Lubin é cofundador da Ethereum e CEO da empresa de infraestrutura para blockchain ConsenSys (S3studio/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de março de 2022 às 20h47.

Cofundador da rede Ethereum e atual CEO da Consensys, uma das maiores empresas de infraestrutura da indústria de criptomoedas e blockchain, Joseph Lubin afirmou acreditar que os ativos digitais são "uma das maiores armas da Ucrânia na sua batalha contra a Rússia".

Para ele, que participou da última edição do Future of Money, evento da EXAME sobre o futuro do dinheiro, também disse que o crise no leste europeu é "um ponto sem retorno" para o mercado de criptoativos e sua integração aos mercados globais tradicionais.

A afirmação sobre a Ucrânia acontece depois de mais de 60 milhões de dólares serem enviados para o país, através de doações com criptomoedas, para que órgãos oficiais e organizações não-governamentais atuem na defesa dos cidadãos do país desde a invasão pela Rússia em 24 de fevereiro.

Lubin comparou as criptomoedas com uma corrida armamentista: “Este país e muitos outros terão que fazer uso dessa poderosa ferramenta e arma. Ninguém gosta de armas, mas você precisa ser tão capaz com armas poderosas quanto seus vizinhos”, disse Lubin, no evento Camp Ethereal 2022, de acordo com informações do site Decrypt.

Ele também reforçou a relevância do uso de criptomoedas durante a guerra na Ucrânia: "É um outro momento para nossa indústria. Ele representa cruzar o abismo para a adoção convencional. Agora, estamos em questões de segurança nacional. Será tão profundo, um ponto sem retorno para nossa indústria, porque está claro que nossa tecnologia é muito poderosa e imparável”.

O executivo e especialista em tecnologia ainda fez uma previsão de que os criptoativos "serão usados por muitos países diferentes, independentemente do que outros países digam ou façam" e que "isso significa que cada estado-nação precisa criar políticas, obter conhecimento e começar a manejar essas ferramentas".

Joseph Lubin também afirmou que líderes globais estão atrasados, chegando a acusar o governo dos EUA de enrolar para avançar na regulamentação do setor e dizendo que o decreto assinado por Joe Biden na semana passada, que cria regras para as criptomoedas nos EUA, é insuficiente e que "chega a ser engraçada".

A ordem executiva assinada por Joe Biden na última semana foi recebida com muito entusiasmo pelos participantes do mercado cripto, que veem a regulamentação nos EUA como passo fundamental para a expansão da indústria e a adoção da tecnologia por players institucionais. Após a divulgação do decreto, o preço do bitcoin chegou a subir quase 10%, mas o ânimo do mercado esfriou rapidamente, com a alta sendo revertida em poucas horas.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok

Acompanhe tudo sobre:BitcoinBlockchainCriptoativosCriptomoedasEthereumGuerrasRússiaUcrânia

Mais de Future of Money

ETF de bitcoin da BlackRock já é maior que os 2,8 mil ETFs lançados nos últimos 10 anos

Bilionários do bitcoin lucram R$ 46,2 bilhões em uma semana com disparada após eleição de Trump

Bitcoin pode chegar a US$ 500 mil e "está só no início", projeta gestora

FBI inspeciona casa de fundador do Polymarket e apreende celular e outros eletrônicos