Patrocínio:
Repórter do Future of Money
Publicado em 9 de abril de 2025 às 17h41.
Última atualização em 9 de abril de 2025 às 17h50.
Pedro Giocondo Guerra, chefe de gabinete do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), afirmou na última terça-feira, 8, que a criação de uma reserva de bitcoin pelo Brasil ainda está em um estágio inicial de discussão. Ele também ressaltou que a implementação desse projeto não depende apenas do governo e citou a necessidade de um debate mais amplo com a sociedade.
Guerra falou sobre o tema durante um podcast com o economista Fernando Ulrich. O representante do governo Lula chamou a atenção do mercado cripto brasileiro depois de dizer em 25 de março que o debate em torno da criação de uma reserva estratégica de bitcoin no Brasil é de "interesse público" e "determinante" para a prosperidade econômica do país.
Questionado sobre a fala, o chefe de gabinete explicou que acha que o momento atual é "importante" para iniciar debates sobre a proposta. "Estamos falando de grandes economias tratando o tema com muita seriedade, incorporando isso nas suas políticas públicas. Eu acho que o Brasil não poderia ficar para trás nessa discussão."
Debates em torno da criação de reservas de bitcoin por governos ganharam força após os Estados Unidos anunciarem a criação de sua própria reserva. Entretanto, Guerra ressaltou que as discussões sobre essa possibilidade no Brasil estão no início. Atualmente, há um projeto de lei no Congresso sobre o tema.
"Muita água precisa rolar, muita discussão precisa ser feita. Tem muitos atores envolvidos nesse processo e muitos esclarecimentos. Eu acho que precisam ser feitos eventuais ajustes [no projeto]. No limite, precisa ser feita uma governança adequada. Pensando no conceito da ideia, eu acho muito positiva", afirmou.
O chefe de gabinete de Geraldo Alckmin disse ainda que o projeto na Câmara dos Deputados é um "primeiro passo muito importante", já que traz o Congresso para a discussão sobre essa possibilidade. Ele acredita, porém, que será preciso estabelecer um debate mais amplo, com diversos setores da sociedade.
Ele pontuou, porém, que os Estados Unidos já criaram uma reserva de bitcoin e que outros países europeus discutem a possibilidade, o que mostra a importância de avançar nas conversas sobre o tema. "O bitcoin serviu como uma tecnologia para garantir acesso a recursos por populações extremamente vulneráveis", ressaltou.
Guerra disse ainda que há debates atualmente sobre uma diversificação das reservas internacionais do Brasil, além dos impactos fiscais que as reservas fiduciárias possuem atualmente. Nesse sentido, a discussão sobre a adoção da criptomoeda pode contribuir para reduzir a trajetória na alta da dívida brasileira e melhorar o quadro fiscal do país.
Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | X | YouTube | Telegram | TikTok