(Chesnot/Getty Images)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 27 de novembro de 2020 às 11h46.
A Libra, esperado criptoativo desenvolvido pelo Facebook, deve finalmente ver a luz do dia em janeiro de 2021, diz relatório divulgado pelo jornal "Financial Times" nesta sexta-feira (27). Após mais de um ano de análise pelos reguladores financeiros globais, a Libra deverá ser lançada como uma stablecoin, lastreada em dólares.
A publicação cita três pessoas envolvidas com o projeto e afirma que "os planos da Libra Association deverão adicionar mais moedas fiduciárias à cesta de ativos que sustentam o valor do criptoativo". A cesta de moedas de apoio à Libra deveria originalmente incluir várias moedas fiduciárias, incluindo o dólar americano, o euro, o iene japonês, a libra esterlina e o dólar de Singapura.
Outra subsidiária do Facebook, a Novi (aneriormente chamada Calibra), também se prepara para lançar a carteira digital que armazenará a Libra. A carteira "está pronta do ponto de vista do produto", segundo uma fonte da Novi ouvida pelo jornal, mas, ao menos inicialmente, não deverá ser lançada em escala global. A ideia é explorar "meia dúzia de corredores de remessas internacioanis de grande volume", incluindo os EUA e alguns países latino-americanos, diz o relatório.
Apesar de previsto para janeiro, o lançamento da Libra ainda não tem data exata definida e depende de quando a Libra Association vai receber a aprovação regulatória da Autoridade de Supervisão do Mercado Financeiro Suíço (FINMA) para operar como um serviço de pagamentos.
Segundo o site especializado em criptoativos Cointelegraph, o porta-voz da FINMA se recusou a comentar o potencial lançamento da Libra no início do ano e se referiu ao anúncio sobre o processo de licenciamento afirmando que “a FINMA não fornece informações públicas sobre o status de procedimentos em andamento e nem especula sobre quando eles podem ser concluídos”. A Libra Association também não respondeu aos pedidos por mais informações sobre o tema.
Iniciada em junho de 2019, a Libra Association enfrentou um grande escrutínio regulatório, o que fez com que uma série de empresas, como o PayPal e a MasterCard, deixassem o projeto, do qual faziam parte.
De acordo com o Financial Times, vários membros da Libra acreditam que a nomeação do chefe jurídico do HSBC, Stuart Levey, como principal executivo do projeto, foi um ponto decisivo para o andamento do mesmo.