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Câmbio, crédito, carros: BC revela casos de uso que serão testados no Drex

Piloto do projeto de criação de versão digital do real vai testar 13 possíveis aplicações do Drex em diferentes áreas do mercado financeiro

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 4 de setembro de 2024 às 14h23.

Última atualização em 4 de setembro de 2024 às 15h20.

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O Banco Central divulgou nesta quarta-feira, 4, a lista com os projetos de casos de uso que serão testados na segunda fase do piloto do Drex. As 42 propostas enviadas pelos consórcios que integram a primeira fase do projeto foram agrupadas em 13 casos e os testes contarão com uma parceria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Em comunicado, o BC disse que "na segunda fase de testes, a infraestrutura criada para o piloto passará a testar a implementação de serviços financeiros, disponibilizados por meio de contratos inteligentes criados e geridos por terceiros participantes da plataforma".

"O desenvolvimento dos temas selecionados deverá ser iniciado nas próximas semanas, em ambiente de debate devotado a cada um dos temas onde reguladores e participantes poderão discutir a melhor estratégia de implementação, a governança dos novos serviços e avaliar a interação das soluções de privacidade disponíveis com a implementação do tema proposto", afirma.

Na primeira fase do piloto do Drex, os participantes puderam testar um único caso de uso, escolhido pelo próprio Banco Central: uma operação de compra de um título público tokenizado entre dois clientes de bancos diferentes. Além do teste, a fase teve como foco implementar a infraestrutura para criação da plataforma do real digital.

Confira os casos de uso escolhidos para testes e os consórcios envolvidos:

  1. Cessão de recebível: ABC e Inter;
  2. Crédito colateralizado em CDB: BB, Bradesco e Itaú;
  3. Crédito colateralizado em títulos públicos: ABBC, ABC e MB;
  4. Financiamento de operações de comércio internacional (Trade Finance): Inter;
  5. Otimização do mercado de câmbio: XP-Visa e NuBank;
  6. Piscina de liquidez para negociação de títulos públicos: ABC, Inter e MB;
  7. Transações com Cédulas de Crédito Bancário: ABBC;
  8. Transações com ativos do agronegócio: TecBan, MB e XP-Visa;
  9. Transações com ativos em redes públicas: MB;
  10. Transações com automóveis: B3, BV e Santander;
  11. Transações com créditos e descarbonização - CBIO: Santander;
  12. Transações com debêntures: B3, BTG e Santander;
  13. Transações com imóveis: BB, Caixa e SFCoop

Das propostas escolhidas para o Drex, as de transações com debêntures e com ativos do agronegócio serão supervisionadas pela CVM, já que envolvem valores mobiliários. Os restantes estarão na competência do Banco Central.

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Participantes do piloto do Drex

No momento, o piloto do Drex conta com 16 consórcios ou empresas individuais que estão atuando nos testes para o desenvolvimento do projeto. Confira:

  1. ABBC: Banco Brasileiro de Crédito, Banco Ribeirão Preto, Banco Original, Banco ABC Brasil, Banco BS2 e Banco Seguro, ABBC, BBChain, Microsoft e BIP;
  2. ABC: Banco ABC, Hamsa, LoopiPay e Microsoft;
  3. B3: Banco B3, B3 e B3 Digitas;
  4. Banco do Brasil;
  5. Bradesco: Bradesco, Nuclea e Setl;
  6. Banco BTG Pactual;
  7. Banco BV;
  8. Caixa: Caixa, Elo e Microsoft;
  9. Inter: Banco Inter, Microsoft e 7Comm;
  10. Itaú Unibanco;
  11. MB: MBPay, Cerc, Sinqia, Mastercard e Banco Genial;
  12. NuBank;
  13. Santander: Santander, Santander Asset Management, F1RST e Toro CTVM;
  14. SFCoop: Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred;
  15. TecBan: Basa, TecBan, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD, AWS e Parfin;
  16. XP e Visa

Segundo o Banco Central, "ao longo do terceiro trimestre de 2024, o BC abrirá a chamada novas propostas de candidatura de entidades interessadas em participar do Piloto Drex. Os selecionados deverão testar a implementação de contratos inteligentes até o fim do primeiro semestre de 2025".

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