Repórter do Future of Money
Publicado em 15 de outubro de 2024 às 11h41.
A Receita Federal retomou nesta semana a divulgação de dados sobre o mercado de criptomoedas brasileiro. As informações mais recentes indicam que os brasileiros movimentaram R$ 27,2 bilhões com ativos digitais apenas no mês de agosto, com a USDT mantendo a liderança no setor.
De acordo com os dados, o valor de agosto é inferior ao do mês anterior, quando foram movimentados R$ 30,3 bilhões. Além disso, no período sem divulgações, o mercado chegou a registrar um recorde histórico: em março, mesmo mês em que o bitcoin bateu um recorde de preço, foram movimentados mais de R$ 35 bilhões em ativos digitais.
Em relação a agosto, R$ 3,5 bilhões foram movimentados usando corretoras de criptomoedas sem escritório no Brasil, em linha com julho. Já as movimentações sem uso de exchanges somaram R$ 5,6 bilhões, ante os R$ 7,4 bilhões do mês anterior. As exchanges com escritórios no Brasil seguem liderando, movimentando R$ 17,9 bilhões em agosto.
Os dados da Receita Federal também indicam que 4,9 milhões de brasileiros reportaram operações com ativos digitais no mês passado, o menor valor registrado em 2024. Já os CNPJs que reportaram operações somaram 21,3 mil, também no menor valor do ano.
O relatório aponta ainda que 37,61% das operações declaradas foram realizadas por mulheres, correspondendo a 14,16% do volume total, enquanto 62,39% foram realizadas por homens, correspondendo a 85,84%. Os dados mostram uma queda da participação feminina no mercado desde fevereiro, quando chegou à marca inédita de 40%.
Na divisão por criptomoedas, a stablecoin pareada ao dólar USDT manteve sua liderança no setor. Em agosto, os investidores reportaram 714 mil operações com o ativo, movimentando R$ 16,4 bilhões, mais da metade do total movimentando no mês. O recorde até o momento foi em janeiro desse ano, quando foram movimentados R$ 21 bilhões.
Em segunda lugar está o bitcoin, a maior criptomoeda do mundo. Em agosto, foram registrada 2,3 milhões de operações com o ativo - que mantém a liderança nessa métrica -, mas o volume movimentado foi menor, de R$ 5,1 bilhões. O recorde até o momento foi em março, mês do seu recorde de preço, com R$ 7,4 bilhões.
Já o ether, que é a segunda maior criptomoeda do mundo, somou 1,02 milhão de operações reportadas à Receita Federal em agosto, movimentando R$ 1,2 bilhão. O recorde foi registrado em março deste ano, quando foram movimentados R$ 1,7 bilhão.